As mudan�as na legisla��o que afetam os cofres das campanhas neste ano motivaram um movimento at�pico em rela��o �s propagandas eleitorais no r�dio e na TV no segundo turno. Em ao menos quatro capitais onde haver� disputa, candidatos discutiram a redu��o do tempo a que t�m direito.
No Recife e em Goi�nia a Justi�a Eleitoral aceitou a solicita��o. No Rio, a redu��o n�o prosperou e, em Cuiab�, os candidatos aguardam posi��o dos ju�zes eleitorais.
Custo de produ��o
Na capital pernambucana, os dois candidatos a prefeito que disputar�o o segundo turno - Geraldo Julio (PSB) e Jo�o Paulo (PT) - entraram em um acordo para reduzir o tempo pela metade. Em vez de dez minutos, cada um ter� cinco minutos de programa, duas vezes ao dia. Segundo as assessorias de comunica��o de ambas as campanhas, a solicita��o teve como motivo o alto custo de produ��o do material.
Entre a popula��o, as opini�es s�o divergentes. A dona de casa Joana Farias n�o gostou. "Eu acho o hor�rio eleitoral importante, porque podemos conhecer mais sobre as propostas dos candidatos e tamb�m a experi�ncia de cada um", afirmou. J� o motorista Eliseu Juvenal, 34, gostou da medida. "Eu acho essa propaganda eleitoral muito ruim e gostei dessa not�cia de que vai ser mais curta. Para mim, ali�s, n�o faz a m�nima falta", disse.
No primeiro turno, Geraldo Julio tinha cinco minutos em cada bloco de propaganda, o dobro do tempo de Jo�o Paulo, que teve dois minutos e meio em cada edi��o di�ria.
Para o cientista pol�tico Fl�vio Santos, especialista em propaganda eleitoral, a redu��o de tempo tende a beneficiar o candidato que chegou ao segundo turno com maior porcentual de votos. "Naturalmente quem est� na frente alcan�ou um maior resultado da fixa��o de sua mensagem durante a propaganda eleitoral no primeiro turno e j� chega ao segundo com um saldo positivo", afirmou.
Em Goi�nia, o tempo de TV tamb�m foi reduzido � metade ap�s acordo entre Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan (PSB). "A decis�o considerou que a proposta apresentada garante uma propaganda enxuta, de baixo custo, menos cansativa e enfadonha, capaz de atrair a aten��o do eleitor para as propostas dos candidatos a prefeito desta capital", justificou o TRE-GO.
Rio
Na capital fluminense, onde Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) est�o na disputa, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) confirmou na quinta-feiraPedi que os candidatos ter�o os dez minutos de programa na TV cada um, como previsto na lei eleitoral. Os advers�rios tinham discutido a possibilidade de diminuir as inser��es pela metade para diminuir os gastos com a produ��o dos programas. Por�m, depois de o juiz da fiscaliza��o eleitoral, Marcelo Rubiolli, sinalizar posi��o contr�ria � redu��o, decidiram n�o formalizar o pedido.
A op��o seria que os candidatos utilizassem parte do tempo com uma tela azul, o que n�o teria agradado �s chapas. Inicialmente, a data de in�cio das inser��es havia sido programada para 15 de outubro, mas as duas campanhas pediram para que fosse antecipada, o que foi atendido pela Justi�a Eleitoral. O hor�rio eleitoral na cidade volta na segunda-feira, 10.
"O meu entendimento � que, quanto mais informa��o para o eleitor, melhor. Ent�o, nada mais razo�vel do que manter o m�ximo de tempo poss�vel", disse o juiz eleitoral Marcelo Rubiolli.