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Estado de Minas

Crivella omite Igreja Universal de biografia na campanha

O candidato � sobrinho de Edir Macedo, fundador e maior l�der da igreja evang�lica. Segundo presidente do PRB, ele concorre a prefeito e n�o l�der religioso


postado em 07/10/2016 10:19 / atualizado em 07/10/2016 10:34

Mais votado na disputa pela prefeitura do Rio no primeiro turno, o senador Marcelo Crivella afastou a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) de sua biografia, mas a Universal n�o se afastou do PRB, partido do candidato. Os tr�s vereadores eleitos este ano, tr�s dos quatro deputados estaduais e os dois deputados federais do PRB-RJ s�o da Universal. E tamb�m o presidente regional do partido e presidente nacional interino, Eduardo Lopes, suplente de Crivella no Senado.

Crivella disputa o segundo turno com o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que defende na campanha o Estado laico, o direito das mulheres � op��o pelo aborto e a inclus�o de casais do mesmo sexo no conceito de fam�lia, pontos que t�m a discord�ncia do candidato do PRB.

Acusado pelos advers�rios de misturar pol�tica e religi�o, Crivella omitiu no site da campanha o fato de ser fiel e bispo licenciado da Universal. Nem na se��o "verdades x mentiras", em que responde � pergunta "Edir Macedo vai controlar a cidade?" o candidato menciona a Igreja. O texto diz apenas que Crivella "nunca sofreu nenhum tipo de influ�ncia de grupos ou l�deres religiosos".

Edir Macedo, tio de Crivella, � fundador e maior l�der da Universal. No primeiro turno, o candidato do PMDB, Pedro Paulo, e seu padrinho pol�tico, o prefeito Eduardo Paes (PMDB), insistiam que, se eleito, Crivella ser� "empregado" de Macedo. Pedro Paulo foi derrotado no primeiro turno e est� fora da disputa.

"Na sociedade h� v�rias op��es de religi�es e o Crivella est� concorrendo a prefeito da cidade, n�o a ser autoridade religiosa do Rio de Janeiro", disse o presidente do partido, suplente de Crivella no Senado e substituto do candidato do PRB no Minist�rio da Pesca, depois que o senador retornou ao Congresso, em 2014, e disputou o governo do Estado.

"Quem mistura pol�tica com religi�o n�o � o Crivella, mas os advers�rios, pois s�o os que insistem nesta quest�o”, afirma Eduardo Lopes, que j� presidiu o jornal Folha Universal e a editora Gr�fica Universal e tamb�m comandou a Associa��o Beneficente Crist� (ABC).

Lopes n�o v� problema no fato de Crivella n�o mencionar a Universal em sua biografia. "Os outros candidatos mencionam suas religi�es em seus perfis? Por que s� Crivella deveria mencionar?"

'Carimbo'


Para o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), a estrat�gia de omitir a Universal da campanha n�o tira do candidato do PRB o "carimbo" da Igreja. "Ele diz que foi motorista de t�xi, engenheiro, mission�rio, menos bispo de Igreja Universal. Mas ele veio (para a pol�tica) com a marca da Universal, foi eleito direto senador", diz Chico.

Na C�mara Municipal, j� eram vereadores do PRB T�nia Bastos, que em sua biografia no site do Legislativo n�o menciona a Igreja Universal, e Jo�o Mendes de Jesus, que, ao contr�rio, relata em detalhes de sua trajet�ria na Igreja como bispo e pastor, desde 1996. No domingo, 2, foi eleito Bispo Inaldo Silva - que, na Universal, exerce a miss�o de pregar em diferentes denomina��es evang�licas.

"Convidei v�rias pessoas, independentes de religi�o, para virem para o PRB e se candidatarem, inclusive a Ver�nica Costa. O mais importante n�o � a religi�o, � a lideran�a", diz T�nia, presidente do PRB municipal. Apesar do convite, a vereadora Ver�nica Costa, funkeira conhecida como M�e Loura, decidiu continuar no PMDB e foi reeleita.

Na Assembleia Legislativa, s� n�o � fiel da Igreja o deputado Wagner Montes, que este ano trocou o PSD pelo PRB. Montes � apresentador contratado da TV Record, a emissora da Igreja Universal. Na C�mara dos Deputados, s�o do PRB-RJ e da Universal os deputados Roberto Sales e Ros�ngela Gomes, candidata derrotada � prefeitura de Nova Igua�u.

Segmentos


Questionado sobre a presen�a significativa de integrantes na Universal entre os pol�ticos com mandato do PRB, Eduardo Lopes responde: "O Poder Legislativo representa segmentos da sociedade. A for�a da Igreja � evidente no Legislativo. Isso ocorre pela confian�a e credibilidade que as pessoas depositam nos representantes, o que n�o ocorre no Poder Executivo, em que a elei��o � majorit�ria, o eleito precisa da maioria absoluta dos votos".

"N�o h� interfer�ncia da Igreja Universal no PRB. As decis�es s�o tomadas pela executiva formada por pessoas de diferentes segmentos da sociedade”, finaliza.


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