
O juiz da Lava-Jato, S�rgio Moro, recebeu nesta quinta-feira a a��o penal contra o deputado cassado e ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB) por corrup��o, lavagem de dinheiro e evas�o fiscal pela manuten��o de contas secretas na Su��a que teriam recebido propina no esquema na Petrobras. Como a a��o j� havia sido aberta pelo Supremo em junho, Moro apenas deu 10 dias para o peemedebista apresentar sua defesa.
O processo foi remetido para a primeira inst�ncia em Curitiba pois Cunha perdeu foro privilegiado desde que foi cassado pela C�mara, por 450 votos a 10, no dia 12 de setembro. Com isso, na semana passada o Supremo remeteu esta a��o contra o peemedebista para Curitiba.
Agora, Cunha come�ar� oficialmente a ser julgado pelo juiz da Lava-Jato, que tamb�m julga outra a��o penal que tem como r� a mulher do ex-parlamentar Cl�udia Cruz, acusada de lavagem e evas�o de US$ 1 milh�o oriundos de crimes que teriam sido praticados pelo seu marido e que foram utilizados para compras em lojas de luxo no exterior. Al�m disso, uma das filhas do peemedebista, Danielle Dytz da Cunha tamb�m � investigada pela for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba.
Nesta a��o, a segunda em que Cunha � r�u na Lava-Jato, o deputado cassado teria recebido em suas contas na Su��a propinas de ao menos R$ 5 milh�es referentes a aquisi��o, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de explora��o de petr�leo na costa do Benin, na �frica, em 2011. O neg�cio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrup��o.
Parte destes recursos foi repassada para Cl�udia Cruz, tamb�m em contas no exterior, e a transa��o est� sendo investigada na a��o contra a mulher do peemedebista.
A outra a��o aberta contra o peemedebista pelo Supremo foi remetida para o Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o, no Rio de Janeiro, por envolver a prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, acusada de atuar a mando de Cunha na C�mara para achacar uma empresa que n�o estava pagando propina ao parlamentar. Nesta a��o, o peemedebista � acusado de receber ao menos US$ 5 milh�es em propinas referentes a contratos de navios-sonda da Petrobras.
O peemedebista sempre negou ser propriet�rio das contas no exterior que foram descobertas pelo Minist�rio P�blico da Su��a em coopera��o com os investigadores brasileiros. O peemedebista chegou a ser investigado no pa�s europeu, mas gra�as a um acordo de coopera��o, o MP su��o encaminhou o caso para que fosse julgado pelas autoridades brasileiras j� que, mesmo que fosse condenado naquele pa�s, ele n�o poderia ser extraditado por ser cidad�o brasileiro.
A defesa do peemedebista n�o foi localizada para comentar o caso.