Crivella minimiza declara��es em livro e afirma que 'amadureceu'

Rio, 17 - O candidato � prefeitura do Rio pelo PRB, Marcelo Crivella, procurou minimizar nesta segunda-feira, 17, o conte�do de seu livro "Evangelizando a �frica", lan�ado em 2002 no Brasil e que faz duras cr�ticas a diversas religi�es e aos homossexuais. O senador, que � bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, declarou que as ideias defendidas na publica��o foram posi��es que ele "assumiu h� d�cadas" e "em um contexto diferente". Crivella disse ainda que "as pessoas amadurecem, e eu sou candidato a prefeito, n�o a perfeito. Perfeito, s� Deus."

Trechos do livro foram publicados na edi��o de domingo do jornal O Globo, e motivaram uma enxurrada de cr�ticas de diversos setores ao candidato do PRB. Nesta segunda, Crivella afirmou que os coment�rios "s�o do setor ligado ao PSOL (partido de se concorrente � prefeitura, Marcelo Freixo), e � natural que isso ocorra". Depois, ele ironizou o uso pol�tico do livro. "O Arthur da T�vola usou isso na �poca em que eu me candidatei a senador, mas com um melanc�lico insucesso, porque ele ficou em quinto lugar", disse, citando o ex-senador, morto em 2008.

Crivella tentou explicar as declara��es do livro. "O contexto da �frica era um, o contexto do Brasil � outro. As pessoas amadurecem. Aquelas posi��es eu assumi d�cadas atr�s, e me desculpei. Hoje o candidato n�o � o mission�rio da �frica. Hoje o candidato � o senador, que h� 15 anos est� defendendo o Rio de Janeiro e que faz parte orgulhosamente, ao menos para mim, da bancada popular do Rio de Janeiro", declarou. "S�o pessoas diferentes. Voc�s n�o podem achar que o candidato � o mission�rio. O mission�rio estava na �frica - em per�odo de guerra, inclusive."

O candidato do PRB disse que seu pensamento agora � outro. "Aquele livro foi publicado no Brasil quando eu voltei da �frica e tinha 42 anos, mas eu o escrevi com 30 e poucos. Ele foi editado no Brasil quando eu tinha 42. Mesmo assim, de 42 pra c� s�o quase 20 anos. Eu tenho quase 60. A gente evolui", sustentou Crivella. "Respeito todas (as religi�es), e j� disse que vou refor�ar a coordenadoria que defende a diversidade e que combate a intoler�ncia religiosa."