
Um dos advogados do deputado cassado Eduardo Cunha, o criminalista Ticiano Figueiredo disse hoje considerar "surpreendente" a decreta��o da pris�o preventiva do peemedebista no in�cio da tarde desta quarta-feira, 19, uma vez que, segundo ele, o mesmo pedido tramitou por seis meses no Supremo Tribunal Federal sem que fosse aceito.
"O Supremo passou seis meses com o pedido de pris�o para decidir em rela��o a Eduardo Cunha e n�o prendeu porque n�o entendeu que n�o havia nenhum dos requisitos necess�rios e a� surpreendentemente Moro, com uma semana que o processo est� na m�o dele, decreta pris�o sem qualquer fato novo", disse.
Segundo ele, n�o houve qualquer fato novo que motivasse a decis�o do juiz S�rgio Moro. "Se a Corte suprema do pa�s passou seis meses com o pedido de pris�o na m�o, n�o prendeu porque entendeu que n�o havia requisitos, agora Moro, um juiz de primeiro grau decreta pris�o sem qualquer fato novo. Isso tem que ser levado em considera��o", disse.
Com cr�ticas � atua��o do juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba, S�rgio Moro, respons�vel pela decreta��o da pris�o preventiva, Figueiredo disse que vai analisar o caso para "combater da melhor forma". � a famosa pol�tica que est� se criando no pa�s de prender antes de tr�nsito em julgado de processo iniciado, que sequer iniciou l� (na 13ª Vara Criminal) j� que a den�ncia foi recebida por Moro recentemente. N�o h� fato novo que ensejasse essa pris�o. Ent�o vamos combater da melhor maneira", disse.
Ao mandar prender o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o juiz federal S�rgio Moro apontou para o "car�ter serial dos crimes" do peemedebista. O juiz usou como fundamentos do decreto de pris�o de Eduardo Cunha "risco � ordem p�blica e � instru��o do processo" - o ex-deputado � acusado de manter contas secretas na Su��a abastecidas por propina do esquema da Petrobras.
Ap�s a decreta��o da pris�o, Eduardo Cunha e advogados devem seguir nesta tarde de avi�o para Curitiba.