
Ele fez um discurso durante o semin�rio Solu��es para Expans�o da Infraestrutura no Brasil, promovido pela C�mara Americana de Com�rcio Brasil-Estados Unidos (Acmham) e pela Associa��o Brasileira da Infraestrutura e Ind�strias de Base (Abdib), em S�o Paulo.
Gilmar Mendes apontou que a Justi�a Eleitoral n�o se preparou para esse tipo de situa��o, como quando apontou o arquivamento da a��o que pedia investiga��o das contas de Dilma Rousseff na elei��o presidencial de 2014, den�ncia que, mais tarde, foi aceita e investigada pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Apesar dessas "mazelas", como classificou, o ministro apontou que as crises no Brasil foram tratadas dentro do marco institucional.
Reforma eleitoral
O ministro defendeu a realiza��o de uma reforma pol�tico-eleitoral. "Estamos vivendo no �mbito pol�tico-eleitoral uma realidade de caos, verdadeiro caos. N�s temos que fazer uma reforma pol�tico-eleitoral", destacou.
Ele citou a exist�ncia de 35 partidos pol�ticos, 28 no Congresso, e que muitos deles s�o criados para arrecadar recursos do Fundo Partid�rio e negociar tempo de propaganda eleitoral. "Isso nos leva a um artificialismo", afirmou. Para ele, o quadro precisa ser revisto.
Gilmar voltou a afirmar que a revela��o de caixa dois na campanha de Dilma em 2014 mostrou que era um "ledo engano" afirmar que esse tipo de pr�tica havia sido extinto no Pa�s.
Cr�ticas ao TST
Apontando o excesso de interven��o judicial no sistema brasileiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal levantou cr�ticas � estrutura do Tribunal Superior do Trabalho (TST) durante discurso em evento realizado na capital paulista. "Isso � curioso, o Tribunal Superior do Trabalho � na maioria formado por pessoal que poderia integrar at� um tribunal da Antiga Uni�o Sovi�tica", disse. Ele falou que essa situa��o foi superada no Supremo, no Superior Tribunal de Justi�a (STF) e no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).
Mendes apontou que h� uma "m� vontade" no excesso da judicializa��o no Tribunal, fazendo com que o capital exporte o emprego do Brasil para fora. "Houve aqui uma radicaliza��o � jurisprud�ncia no sentido de uma hiper prote��o ao trabalhador, tratando quase como um sujeito dependente de tutela", complementou o ministro, em entrevista a jornalistas.
Para ele, o aparelhamento na Justi�a do Trabalho ocorreu por segmentos surgidos do modelo sindical que se desenvolveu no Pa�s.
O ministro defendeu que � preciso fortalecer a desjudicializa��o das rela��es de trabalho e consumo, para dar prioridade ao julgamento de crimes contra a vida. "Grandes desvios est�o sendo feito e n�s estamos nos ocupando de a��es menores", falou.
Ele chamou a aten��o para o fato de a Justi�a brasileira ser a "mais cara do mundo", consumindo 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
O presidente do TSE afirmou que casos de corrup��o demoraram tanto para serem descobertos por causa de falhas no sistema jur�dico brasileiro. "O TCU tem sua responsabilidade inequ�voca nesse processo, falhou o Minist�rio P�blico, falhou o Judici�rio, falhou o Legislativo. Quanto esses fatos todos se revelam, temos que nos sentir de alguma forma um tanto quanto respons�veis."