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Estado de Minas

Inqu�ritos sobre deten��o de Crivella somem de arquivo da pol�cia, diz revista

Em 1990, o candidato � prefeitura do Rio pelo PRB teria tentado expulsar morador do terreno da Igreja Universal do Reino de Deus. Crivella nega que tenha sido preso e fichado


postado em 22/10/2016 13:01 / atualizado em 22/10/2016 14:48

Inquérito contém 117 páginas e ficou desaparecido por 26 anos (foto: Reprodução )
Inqu�rito cont�m 117 p�ginas e ficou desaparecido por 26 anos (foto: Reprodu��o )

O senador Marcelo Crivella, candidato � prefeitura pelo PRB, j� foi fichado na pol�cia. Ele foi levado � 9ª Delegacia de Pol�cia, em 18 de janeiro de 1990, acusado de invas�o de domic�lio. Ent�o pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual hoje � bispo licenciado, Crivella teria tentado expulsar um morador de terreno da IURD.

O caso foi revelado pela revista Veja, que obteve as fotos de Crivella feitas pela pol�cia. O inqu�rito, no entanto, n�o foi � frente e nem est� nos arquivos da Pol�cia Civil: os registros foram entregues pelo pr�prio delegado para Crivella.

Num v�deo divulgado por sua campanha, Crivella nega que tenha sido preso e fichado. "Eu repito: nunca fui preso. Nunca respondi a nenhum processo. E posso provar com todas as certid�es que apresentei no momento em que me inscrevi para ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Fiquem tranquilos. Eu sou ficha limpa." Ele n�o explica, na grava��o, por que o inqu�rito n�o foi arquivado pela Pol�cia Civil, como deve ocorrer ap�s o encerramento de investiga��o.

O pr�prio Crivella cedeu � Veja c�pia do inqu�rito, ao ser procurado por rep�rteres que haviam recebido as fotos feitas pela pol�cia. Referiu-se ao registro policial como um "espinho na minha carne".

De acordo com o inqu�rito, a Universal havia comprado im�veis no bairro de Laranjeiras, na zona sul. Nilton Linhares, de 29 anos, ficou morando em um dos terrenos como vigia, em casebre constru�do com material fornecido pela igreja. Quando a IURD tentou retomar o im�vel, Linhares reivindicou o direito de posse e recusou-se a sair.

� Veja, Crivella contou ter ficado "revoltado" e seguiu para o terreno com "uns dez homens". "Peguei os caminh�es que a gente tinha e fui para l�. Arrebentei aquela cerca. Comecei a tirar as coisas dos caras e botei em cima do caminh�o. Mas n�o toquei nas pessoas". No inqu�rito, Linhares diz que Crivella chegou com seguran�as armados de rev�lveres, arrombou o port�o com o p� de cabra e amea�ou a mulher e as duas filhas de Linhares.

A pol�cia foi chamada e o grupo foi levado � delegacia. O ent�o pastor passou o dia na 9ª DP, foi liberado � noite, com a condi��o de retornar no dia seguinte, onde passou mais quatro horas detido. Em representa��o contra o delegado por suposto abuso de poder, a advogada da Universal Maria do Socorro Costa reclama que Crivella foi mantido numa sala "fechada e sem ar condicionado por mais de quatro horas, onde foi humilhado, tachado de 'pastor ladr�o' e fotografado".

� revista, Crivella diz que o delegado Jo�o Kepler Fontenelle, j� morto, entregou-lhe o inqu�rito, inclusive os negativos das fotos, porque foi amea�ado de processo pela igreja. "Fiz isso para te constranger, mas estou arrependido", teria dito o delegado, segundo Crivella. A Pol�cia Civil n�o esclareceu por que o inqu�rito n�o est� nos seus arquivos.

Neste s�bado, 22, o candidato n�o deu entrevista nem teve agenda p�blica. A campanha preferiu divulgar v�deo do senador. "Voc�s devem estar se perguntando sobre a capa da revista Veja. Nunca fui preso. O que ocorreu � que h� 26 anos atr�s, como engenheiro, eu fui chamado para fazer inspe��o em um muro que caiu e tinha risco de machucar as pessoas. O terreno era da Igreja Universal, mas estava invadido. E os invasores n�o deixaram eu entrar. Deu uma confus�o danada. Foi todo mundo para a delegacia. L�, o delegado resolveu identificar a todos. Por isso, essa foto que voc� viu na capa. Mas n�o deu processo, nada. Pelo contr�rio. Eu � que iniciei processo contra ele por abuso de autoridade. Eu repito: nunca fui preso. Nunca respondi a nenhum processo. E posso provar com todas as certid�es que apresentei no momento em que me inscrevi para ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Fiquem tranquilos. Eu sou ficha limpa", afirmou.

A assessoria de Crivella tamb�m divulgou nota sobre as fotos. "A explica��o � bem menos emocionante do que muitos esperam. Na ocasi�o, Crivella, como engenheiro, tentou entrar em um terreno da Igreja Universal que tinha sido invadido em Laranjeiras. Na confus�o, acabou sendo levado para a delegacia, onde o delegado mandou fazer as fotos para identific�-lo. A �nica investiga��o aberta foi para investigar o abuso de poder do delegado", diz o texto.


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