S�o Paulo - Reflexo da fragmenta��o partid�ria e do enfraquecimento de partidos tradicionais, a "naniquiza��o" da pol�tica pode levar legendas sem tradi��o ou representatividade no Congresso a governar capitais e munic�pios importantes. Pela primeira vez, representantes de siglas nanicas disputam mais da metade do eleitorado que ir� �s urnas em um segundo turno.
H� 26 candidatos de nove micropartidos concorrendo em 25 cidades onde hoje os eleitores ir�o �s urnas. Nessas localidades - oito delas capitais - h� 17,1 milh�es de eleitores, o equivalente a 52% do total que deve votar hoje. No primeiro turno, 18 legendas nanicas j� conquistaram o poder em cidades que abrigam 10,7 milh�es de eleitores.
A dispers�o partid�ria foi uma das principais marcas do primeiro turno. Nunca tantos partidos sa�ram vitoriosos em ao menos uma prefeitura: 31. Na elei��o municipal anterior, em 2012, 26 legendas venceram em pelo menos uma cidade. A configura��o do segundo turno revela que o fen�meno da dispers�o chegou com for�a aos centros pol�ticos importantes, que concentram 200 mil eleitores ou mais.
Em 2012,13 representantes de partidos nanicos disputaram o segundo turno - metade do n�mero atual. Em 2008, foram apenas tr�s.
O avan�o dos micropartidos ocorre justamente no momento em que o Congresso discute medidas para enfraquec�-los, com a chamada cl�usula de barreira. Uma proposta de emenda constitucional que deve ser votada em breve no plen�rio do Senado estabelece dois requisitos para que os partidos possam atuar no Congresso: obter pelo menos 2% dos votos v�lidos para a C�mara dos Deputados em todo o Pa�s, sendo que esse mesmo patamar m�nimo deve ser alcan�ado em pelo menos 14 unidades da Federa��o.
Segundo c�lculos do Estad�o Dados, 19 partidos n�o atingiriam esses requisitos se a regra estivesse valendo na elei��o de 2014. Naquele ano, essas legendas elegeram 13% das vagas na C�mara dos Deputados.
A multiplica��o de siglas com assento no Congresso dificulta a forma��o de bases parlamentares s�lidas e alimenta a troca de votos por cargos ou emendas parlamentares.
O custo dos micropartidos tamb�m � desproporcional � sua relev�ncia pol�tica: nos �ltimos dez anos, a cada R$ 5 de subs�dios p�blicos - por meio do Fundo Partid�rio ou da ren�ncia fiscal relacionada � propaganda eleitoral no r�dio e na TV -, R$ 1 foi direcionado a legendas que seriam afetadas pela cl�usula de barreira em discuss�o no Senado.
Metodologia
Para definir quais s�o os partidos nanicos no segundo turno, o Estad�o Dados usou os mesmos crit�rios da proposta de emenda constitucional que trata da cl�usula de barreira. Com isso, siglas como o PRB e o PSC ficaram de fora da classifica��o.
No segundo turno, os dois micropartidos com mais candidatos na disputa s�o o PPS (7) e o PV (4). No ranking do eleitorado potencial a governar nos munic�pios, os primeiros s�o o PSOL, o PPS e o PMN.
O PPS est� na disputa em uma capital, Vit�ria, e cinco munic�pios do interior ou de regi�es metropolitanas: S�o Bernardo do Campo (SP), Guaruj� (SP), S�o Gon�alo (RJ), Ponta Grossa (PR), Cariacica (ES) e Montes Claros (MG).
O PSOL, que se enquadra na categoria dos "nanicos ideol�gicos", juntamente com PCdoB e a Rede, entre outros, tem no Rio de Janeiro sua principal aposta eleitoral - apesar do favoritismo de Marcelo Crivella, do PRB (mais informa��es nas p�gs. A11 e A12). Trata-se do segundo maior col�gio eleitoral entre os munic�pios do Pa�s.
Outros dois candidatos do PSOL se classificaram para a rodada final da elei��o, em Sorocaba (SP) e Bel�m (PA).
No quarto maior col�gio eleitoral do Pa�s, Belo Horizonte, o min�sculo PHS tem chances de vit�ria, com Alexandre Kalil. A mais recente pesquisa Ibope mostra que ele est� tecnicamente empatado com o tucano Jo�o Leite.
Em Curitiba, Rafael Greca, do PMN, tamb�m tem chances de vit�ria, na disputa contra Ney Leprevost (PSD). Segundo o Ibope, eles t�m 51% e 49% das inten��es de voto, respectivamente. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
H� 26 candidatos de nove micropartidos concorrendo em 25 cidades onde hoje os eleitores ir�o �s urnas. Nessas localidades - oito delas capitais - h� 17,1 milh�es de eleitores, o equivalente a 52% do total que deve votar hoje. No primeiro turno, 18 legendas nanicas j� conquistaram o poder em cidades que abrigam 10,7 milh�es de eleitores.
A dispers�o partid�ria foi uma das principais marcas do primeiro turno. Nunca tantos partidos sa�ram vitoriosos em ao menos uma prefeitura: 31. Na elei��o municipal anterior, em 2012, 26 legendas venceram em pelo menos uma cidade. A configura��o do segundo turno revela que o fen�meno da dispers�o chegou com for�a aos centros pol�ticos importantes, que concentram 200 mil eleitores ou mais.
Em 2012,13 representantes de partidos nanicos disputaram o segundo turno - metade do n�mero atual. Em 2008, foram apenas tr�s.
Cl�usula de barreira
O avan�o dos micropartidos ocorre justamente no momento em que o Congresso discute medidas para enfraquec�-los, com a chamada cl�usula de barreira. Uma proposta de emenda constitucional que deve ser votada em breve no plen�rio do Senado estabelece dois requisitos para que os partidos possam atuar no Congresso: obter pelo menos 2% dos votos v�lidos para a C�mara dos Deputados em todo o Pa�s, sendo que esse mesmo patamar m�nimo deve ser alcan�ado em pelo menos 14 unidades da Federa��o.
Segundo c�lculos do Estad�o Dados, 19 partidos n�o atingiriam esses requisitos se a regra estivesse valendo na elei��o de 2014. Naquele ano, essas legendas elegeram 13% das vagas na C�mara dos Deputados.
A multiplica��o de siglas com assento no Congresso dificulta a forma��o de bases parlamentares s�lidas e alimenta a troca de votos por cargos ou emendas parlamentares.
O custo dos micropartidos tamb�m � desproporcional � sua relev�ncia pol�tica: nos �ltimos dez anos, a cada R$ 5 de subs�dios p�blicos - por meio do Fundo Partid�rio ou da ren�ncia fiscal relacionada � propaganda eleitoral no r�dio e na TV -, R$ 1 foi direcionado a legendas que seriam afetadas pela cl�usula de barreira em discuss�o no Senado.
Metodologia
Para definir quais s�o os partidos nanicos no segundo turno, o Estad�o Dados usou os mesmos crit�rios da proposta de emenda constitucional que trata da cl�usula de barreira. Com isso, siglas como o PRB e o PSC ficaram de fora da classifica��o.
No segundo turno, os dois micropartidos com mais candidatos na disputa s�o o PPS (7) e o PV (4). No ranking do eleitorado potencial a governar nos munic�pios, os primeiros s�o o PSOL, o PPS e o PMN.
O PPS est� na disputa em uma capital, Vit�ria, e cinco munic�pios do interior ou de regi�es metropolitanas: S�o Bernardo do Campo (SP), Guaruj� (SP), S�o Gon�alo (RJ), Ponta Grossa (PR), Cariacica (ES) e Montes Claros (MG).
O PSOL, que se enquadra na categoria dos "nanicos ideol�gicos", juntamente com PCdoB e a Rede, entre outros, tem no Rio de Janeiro sua principal aposta eleitoral - apesar do favoritismo de Marcelo Crivella, do PRB (mais informa��es nas p�gs. A11 e A12). Trata-se do segundo maior col�gio eleitoral entre os munic�pios do Pa�s.
Outros dois candidatos do PSOL se classificaram para a rodada final da elei��o, em Sorocaba (SP) e Bel�m (PA).
No quarto maior col�gio eleitoral do Pa�s, Belo Horizonte, o min�sculo PHS tem chances de vit�ria, com Alexandre Kalil. A mais recente pesquisa Ibope mostra que ele est� tecnicamente empatado com o tucano Jo�o Leite.
Em Curitiba, Rafael Greca, do PMN, tamb�m tem chances de vit�ria, na disputa contra Ney Leprevost (PSD). Segundo o Ibope, eles t�m 51% e 49% das inten��es de voto, respectivamente. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.