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Estado de Minas

Mulher de Moro far� palestra na ONU

Rosangela Wolff Moro vai palestrar sobre as atividades das Associa��es de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs), no dia 2 de dezembro


postado em 01/11/2016 11:07 / atualizado em 01/11/2016 11:28

"Pretendo expor um panorama geral de como o Brasil d� o tratamento para as pessoas com defici�ncia, as nossas conquistas e avan�os", adiantou Ros�ngela, mulher de Moro, sobre discurso far� na ONU no dia 2 de dezembro (foto: Reprodu��o/Facebook)
A advogada Rosangela Wolff Moro, mulher do juiz federal S�rgio Moro, aceitou convite da Portuguese Language Institute (POLI) - representante da ONU nos eventos da Am�rica Latina - para falar na Organiza��o das Na��es Unidas sobre as atividades das Associa��es de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs), no dia 2 de dezembro.

"Aceitei o convite porque poderia representar a Federa��o Nacional na ONU e divulgar o trabalho que as APAEs fazem, embora sejam t�midos para mostrar externamente", pondera a advogada, com uma atua��o distinta no setor desde 2008.

"Diante da possibilidade de falar em nome da Federa��o Nacional das APAEs, para quem presto servi�os h� longa data, aceitei o convite para uma apresenta��o sobre a resili�ncia das pessoas com defici�ncia, e dentre as datas poss�veis, sugeri o dia 2 de dezembro, um dia antes do Dia Internacional das Pessoas com Defici�ncia", informou.

O movimento das APAEs existe h� 60 anos. "A primeira APAE surgiu no Rio, em 1954, quando uma americana do corpo diplom�tico, m�e de uma menina com s�ndrome de Down, veio ao Brasil e constatou que n�o havia uma associa��o para dedicar cuidados a essas pessoas como havia nos EUA", destaca Ros�ngela.

Criou-se, ent�o, a primeira Associa��o de Pais e Amigos dos Excepcionais. A entidade j� reunia os pais, amigos e profissionais devotados.

Em uma sede transit�ria atendia cerca de vinte crian�as.

"A escola desenvolveu-se, seus alunos tornaram-se adolescentes e necessitaram de atividades criativas e profissionalizantes. Surgiu, assim, a primeira oficina pedag�gica de atividades ligadas � carpintaria para pessoas com defici�ncia no Brasil", narra a advogada.

"E o movimento apaeano n�o parou de crescer. Hoje, a Federa��o Nacional das APAEs congrega 23 Federa��es Estaduais e cerca de 2150 associa��es sediadas em munic�pios para atendimento de 250 mil pessoas com defici�ncia intelectual ou outra associada", ela aponta.

Rosangela Wolff Moro observa que 'defici�ncia intelectual n�o se confunde com doen�a mental ou intelectual, este campo n�o � da atua��o das APAEs'.

"A marca APAE � de propriedade da Federa��o Nacional e pelo 7º ano consecutivo ganhou o pr�mio marca de confian�a na categoria ONG da Revista Sele��es", exalta.

"� o terceiro setor atuando onde o Estado pouco ou nada atua", diz. "O Estado, dentro dos permissivos legais, opta por contratar as APAEs para presta��o de servi�os na �rea de sa�de, educa��o e assist�ncia social, suas atividades fins. As APAEs recebem recursos p�blicos para esse atendimento, doa��es, e realizam atividades meio para sustentabilidade financeira."

"Eu n�o atuo diretamente com pessoas deficientes porque na Federa��o ficamos � frente do acompanhamento das leis, dos projetos de lei e capacita��o de todos da rede APAE. Enfim, no �mbito da defesa dos direitos", esclarece Ros�ngela.

A advogada prega que 'o movimento apaeano precisa ser conhecido mais de perto, s�o in�meros os casos de sucesso e refer�ncia'.

"Deste modo, entendi que o convite (para a palestra na ONU) era irrecus�vel. Mostrar para fora dos atendidos e para os que s�o colaboradores o que fazemos."

Discurso


"Pretendo expor um panorama geral de como o Brasil d� o tratamento para as pessoas com defici�ncia, as nossas conquistas e avan�os. E o que temos de melhorar. O Brasil � signat�rio de uma Conven��o Internacional desde 2009. Essa Conven��o foi internalizada com status de emenda constitucional, foi a primeira Conven��o internalizada com esse status. Defendo que a Constitui��o, quando fala que as pessoas com defici�ncia devam estudar na rede regular de ensino de maneira preferencial, n�o pretendeu excluir a escola especializada. Defendo que cabe � pr�pria pessoa, quando menos � sua fam�lia, essa escolha. A APAE n�o deixa de ser inclusiva por isso. Inclui no mercado de trabalho e na escola regular e, acredite, h� casos que a fam�lia procura de volta a APAE. N�o adianta incluir para fazer n�mero. N�meros n�o incluem, � preciso dar condi��es de aprendizado. N�o temos seguran�a que as escolas p�blicas regulares tenham essas condi��es."

Ela recomenda que seja usado o termo 'pessoas com defici�ncia', e n�o 'portadores de necessidades especiais ou pessoas portadoras de defici�ncia'.

"Desde o advento da Conven��o Internacional essa nomenclatura foi adotada. Desde o advento da Conven��o a defici�ncia n�o � mais um crit�rio m�dico. A defici�ncia est� na barreira que as pessoas encontram para a sua plena inclus�o na sociedade, em igualdade com todos os demais, e n�o na pessoa em si."

Rosangela assinala que 'o Brasil aprovou a lei da inclus�o h� um ano e nela fica bem claro que a sociedade tem que promover mudan�as'.

A advogada afirma que o 'maior desafio' do Pa�s � 'promover o atendimento ao longo de toda a vida'.

"As pessoas com defici�ncia est�o tendo vida mais longa e o nosso maior desafio � desenvolver a autonomia, a autodetermina��o, para que fa�am suas pr�prias escolhas ao longo da vida. Os pais falecem e nos preocupa quem prestar� suporte a elas, elas t�m vida mais longa hoje em dia."

Rosangela Moro n�o perde o senso cr�tico e faz um alerta. "Os recursos p�blicos, n�o preciso dizer, s�o insuficientes. Os diretores s�o volunt�rios, em sua esmagadora maioria."


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