O adiamento da decis�o do Supremo Tribunal Federal que pode p�r em risco o cargo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), agradou ao Pal�cio do Planalto.
A articula��o do Planalto ocorreu nos bastidores, porque Temer precisa de Renan para votar, ainda neste ano, a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que limita o aumento de gastos por 20 anos. Aprovada na C�mara, a proposta tem de passar pelo crivo do Senado.
Se o Supremo acatar os argumentos da Rede Sustentabilidade e decidir que r�us com processos na Corte ficam fora da linha sucess�ria da Presid�ncia da Rep�blica, Renan sofrer� forte rev�s, o que atrapalhar� a vida do governo. Apesar de o peemedebista ainda n�o ser r�u, tudo indica que est� a um passo de figurar nessa condi��o.
Alvo de 11 inqu�ritos no STF - a maioria referente � Lava Jato -, Renan � o segundo na linha sucess�ria de Temer, atr�s do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A elei��o que renovar� o comando da C�mara e do Senado ocorrer� em fevereiro de 2017, mas, se o STF aceitar a a��o e Renan virar r�u antes disso, ser� obrigado a deixar a presid�ncia do Congresso.
Um julgamento assim, neste momento, � tudo o que o Planalto n�o quer. Al�m da vota��o da PEC do Teto de Gastos, uma decis�o do Supremo desfavor�vel a Renan tende a causar impacto na sucess�o da C�mara e do Senado. Foi por esse motivo que dois interlocutores de Temer conversaram com ministros do STF, na tentativa de adiar o julgamento. Dias Toffoli pediu vista do processo e n�o h� data para a retomada da vota��o.
'Inconclusa'.
Em nota, Renan disse que a decis�o do STF n�o pode prejudic�-lo. "O presidente do Senado n�o � r�u em qualquer processo e, portanto, n�o est� afetado pela manifesta��o do STF, ainda inconclusa", escreveu. Afirmou ainda que os inqu�ritos contra ele, por "ouvir dizer" ou por "interpreta��es de delatores", ser�o arquivados.