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Estado de Minas

Empres�rio confirma empr�stimo ilegal a Bumlai

Salim Taufic Schahin disse que obteve contrato de US$ 1,6 bilh�o da Petrobras em troca de perdoar d�vida feita pelo pecuarista para o PT


postado em 08/11/2016 12:49 / atualizado em 08/11/2016 13:12

Bras�lia, 08 - Em depoimento prestado � Justi�a Federal nesta ter�a-feira, 8, o empres�rio Salim Taufic Schahin reiterou que obteve contrato de US$ 1,6 bilh�o para operar o navio-sonda Vit�ria 10.000, da Petrobras, em troca de perdoar d�vida de R$ 12 milh�es feita pelo pecuarista Jos� Carlos Bumlai para o PT.

A oitiva foi realizada pela 10ª Vara de Bras�lia, por videoconfer�ncia, para instruir a��o penal na qual o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e outros r�us, entre eles o ex-senador Delc�dio Amaral (ex-PT, hoje sem partido), respondem por suposta obstru��o da Opera��o Lava-Jato.

Conforme a den�ncia, oferecida pelo Minist�rio P�blico Federal, Lula teria participado de uma opera��o para evitar a dela��o premiada de Nestor Cerver�. A pe�a acusat�ria narra uma tentativa de "comprar" o sil�ncio do ex-diretor da Petrobras.

No depoimento, Salim confirmou o empr�stimo ilegal, mas disse desconhecer fatos relacionados � suposta tentativa de barrar o depoimento de Cerver�. "N�o sei absolutamente nada", afirmou o empres�rio, que tamb�m fez acordo de dela��o na Lava-Jato.

O delator atestou ter feito o empr�stimo para Bumlai em 2004. Contudo, como o pagamento das parcelas n�o foi cumprido dois anos depois, a institui��o financeira passou a cobrar o pecuarista, que declinava da obriga��o e alegava se tratar de dinheiro para o PT.

O empres�rio informou, ainda, que o ex-tesoureiro do partido Del�bio Soares chegou a ser levado, numa ocasi�o, para uma das reuni�es com o Banco Schahin para demonstrar que o empr�stimo era para a legenda.

Segundo Salim, o tesoureiro que sucedeu Del�bio, Jo�o Vaccari Neto, aceitou dar "apoio pol�tico" para a contrata��o da Schahin na Petrobras, desde que o empr�stimo de R$ 12 milh�es fosse considerado quitado. "Em fun��o do acordo que n�s t�nhamos, n�s perdoamos o empr�stimo, numa opera��o simulada", afirmou.

O delator disse, tamb�m, que a d�vida de Bumlai foi comprada pela empresa de securitiza��o do Banco Schahin. Reiterou que, para acobertar o perd�o dos d�bitos, foi montada uma opera��o fict�cia de repasse de embri�es bovinos de empresas do pecuarista para as fazendas do Grupo Schahin.

Outros depoimentos. Nesta ter�a-feira, 8, a Justi�a tamb�m ouviu os empres�rios Milton e Fernando Schahin. Eles disseram que n�o tinham o que declarar. Os depoimentos n�o se alongaram, j� que os advogados dos r�us abdicaram de fazer perguntas.

Tamb�m foi ouvida a advogada Alessi Brand�o, que trabalhava em 2015 na defesa de Cerver�, juntamente com o o criminalista Edson Ribeiro. Ela afirmou que, ao longo daquele ano, o colega tentou evitar o acordo de colabora��o com a Lava-Jato, o que gerou desconfian�a dela pr�pria e do filho do ex-diretor, Bernardo Cerver�.

Por conta de suspeitas em rela��o a Ribeiro, a fam�lia do ex-diretor da Petrobras decidiu gravar uma reuni�o entre Bernardo Cerver�, o advogado, o ent�o senador Delc�dio do Amaral e seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira.

No �udio, o grupo ofereceu dinheiro e um plano de fuga de Cerver� para a Espanha em troca de ele n�o contar o que sabia � Lava-Jato. Delc�dio, que mais tarde seria preso e faria acordo de dela��o, afirmou que a articula��o para barrar a colabora��o do ex-diretor foi a mando de Lula. "Tomamos conhecimento da participa��o de Lula ap�s a dela��o do senador Delc�dio", disse Alessi Brand�o.


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