
Os ju�zes est�o inconformados com o que classificam de 'uma afronta' � magistratura por parte do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT). Em nota p�blica, a principal entidade da categoria, Associa��o dos Magistrados Brasileiros (AMB), repudiou enfaticamente nessa quarta-feira, 9, manifesta��o do petista durante a tradicional solenidade de entrega da Medalha Santos Dumont, na segunda-feira, 7.
No evento, realizado no interior de Minas, Fernando Pimentel - alvo da Opera��o Acr�nimo por suspeita de corrup��o e lavagem de dinheiro -, afirmou. "Na democracia n�o pode e nem deve haver espa�o para messianismos, para o surgimento de super-her�is, de justiceiros travestidos de magistrados."
O petista n�o citou nomes, mas sua fala provocou a mobiliza��o da entidade que agrega mais de 15 mil magistrados em todo o Pa�s.
Em nota p�blica, a AMB declarou rep�dio � manifesta��o de Pimentel. Para os ju�zes, ele 'afrontou' a toga.
"A isen��o no trabalho dos ju�zes � um dos pilares do Estado Democr�tico e preservar os direitos individuais dos cidad�os � um dos princ�pios da atua��o jurisdicional", diz o texto.
"A declara��o do chefe do executivo daquele Estado insinua que falta 'sobriedade e conten��o nos procedimentos judiciais', o que � uma afronta � magistratura nacional."
Segundo a Associa��o dos Magistrados Brasileiros, 'n�o � novidade que o Poder Judici�rio tem sido clamado para resolver a crise pol�tica brasileira'.
"Seja em opera��es como Lava-Jato, Zelotes ou Acr�nimo, esta em que o governador Pimentel � alvo de investiga��o, ou no trabalho di�rio de 18 mil togados nos mais distantes f�runs do Brasil, a magistratura tem agido com isen��o e dentro dos princ�pios constitucionais", diz a nota p�blica, subscrita pelo presidente da entidade, Jo�o Ricardo Costa.
Na avalia��o de Jo�o Ricardo, 'o avan�o das investiga��es contra a corrup��o tem apontado a participa��o de importantes autoridades, o que explica tamanha press�o sobre a Justi�a brasileira'.
Ele mandou um recado �queles que atacam a magistratura. "A AMB continuar� vigilante para garantir a autonomia necess�ria ao exerc�cio jurisdicional e n�o admitir� a desqualifica��o e nenhum tipo de ataque aos ju�zes brasileiros."