O governador Fernando Pimentel (PT) criticou nesta ter�a-feira o que chamou de “messianismo” de integrantes do Judici�rio. Ele afirmou que o estado democr�tico de direto deve ser garantido sem alarmismo. Pimentel discursou durante a entrega da medalha Santos Dumont, no munic�pio de mesmo nome, na Zona da Mata.
“Na democracia n�o pode e nem deve haver espa�o para messianismos, para o surgimento de super-her�is, de justiceiros travestidos de magistrados. N�o. A democracia pressup�e e exige sobriedade e conten��o nos procedimentos judiciais, de forma a preservar os direitos individuais de todos e de cada um dos cidad�os”, afirmou.
Fernando Pimentel � alvo de investiga��o no �mbito da opera��o Acr�nimo, que apura irregularidades no BNDES no per�odo que o petista era Ministro do Desenvolvimento e na contabilidade de campanha dele ao governo de Minas. Por decis�o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), caber� aos deputados autorizar a continuidade da den�ncia contra ele.
Pimentel disse que o a verdade n�o pode ser encarada como monop�lio e nem tem procura��o para decidir de forma particular o que melhor para o povo. “N�o est�o acima dela os pol�ticos, nem os militares, mas tampouco est�o os ju�zes e os promotores. Todos, sem exce��o, � lei devem se submeter e respeitar antes de tudo o direito do outro, o direito do diferente, do oposto”, disse.
Sem citar nomes, o governador se posicionou por diversas vezes contr�rio ao que chamou de excessos tanto por parte do Judici�rio quanto da imprensa. No caso dos ve�culos de comunica��o, Fernando Pimentel criticou o “sensacionalismo”. “Tem sido comum no Brasil que certos meios de comunica��o investiguem, julguem e apliquem penas no horizonte de uma edi��o de jornal ou de um notici�rio de televis�o. Mas n�o � esse o tempo da justi�a”, analisou.
Ainda durante sua fala, o petista costurou uma s�rie de indiretas em rela��o a quest�es judiciais e poss�veis julgamentos de imagem antecipados. Mas sempre sem citar nomes ou se referir a algum tema especificamente.
A medalha Santos Dumont foi criada em 1956 para comemorar os 50 anos do primeiro voo do brasileiro Alberto Santos Dumont em uma aeronave mais pesada que o ar, o 14-Bis, em outubro de 1906, em Paris (Fran�a). � concedida em quatro graus: Grande Colar, Ouro, Prata e Bronze. A Fazenda Cabangu, local da cerim�nia, � o lugar onde nasceu o inventor do avi�o e guarda um preciso acervo de Santos Dumont, entre r�plicas de avi�es e objetos do inventor.