
O juiz federal S�rgio Moro decretou o bloqueio de R$ 10 milh�es do ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) e de outros onze investigados, inclusive a mulher do peemedebista, Adriana de Lourdes Ancelmo, e do escrit�rio de advocacia dela, o Ancelmo Advogados.
A decis�o de Moro � relativa exclusivamente a uma investiga��o de sua al�ada, aberta contra S�rgio Cabral, que teria recebido propinas de R$ 2,7 milh�es em obras da Petrobr�s - no caso o Complexo Petroqu�mico do Rio (Comperj).
Os inqu�ritos e processos sobre corrup��o nos contratos da Petrobras est�o sob a guarda de Moro.
A origem da Lava-Jato s�o os empreendimentos fraudados da estatal petrol�fera no per�odo de 2004 a 2014. Por isso, Moro tamb�m mandou prender Cabral - simultaneamente, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, decretou a pris�o do ex-governador, mas por propinas em outras obras bilion�rias, sem v�nculo com a Petrobr�s.
Segundo Moro, "na linha dos desdobramentos, este feito tem por objeto crimes de corrup��o consistentes no pagamento de vantagem indevida ao ent�o governador do Estado do Rio de Janeiro S�rgio de Oliveira Cabral Santos Filho em decorr�ncia do contrato celebrado entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras para obras de terraplanagem no Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro/Comperj".
A investiga��o foi aberta a partir da dela��o premiada de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez. No termo de colabora��o n�mero 5, um ex-dirigente da empreiteira, Rog�rio Nora de S�, declarou que se reuniu "mais de uma vez com o ent�o governador do Rio S�rgio Cabral e ainda com Alberto Quint�es, superintendente Comercial da Andrade Gutierrez para o Rio, para discutir pagamento de vantagem indevida em contratos (da empreiteira) naquele Estado".
"A pretens�o do ent�o governador era receber propina mensal de cerca de R$ 300 mil da Andrade Gutierrez", assinala o juiz. "Entre os pagamentos, propinas da ordem de R$ 2,7 milh�es em contrato de obra de terraplanagem de Petrobras no Complexo Petroqu�mico do Rio, o que foi combinado com o diretor de Abastecimento da Petrobr�s Paulo Roberto Costa."
Alberto Quint�es teria operacionalizado o pagamento juntamente com Cl�vis Renato Numa Peixoto Primo, diretor-geral da Construtora Andrade Gutierrez.
O confisco de R$ 10 milh�es tem base em uma planilha de repasses il�citos supostamente realizados em favor do peemedebista. "Vi�vel o decreto do bloqueio dos ativos financeiros dos investigados em rela��o aos quais h� prova, em cogni��o sum�ria, de recebimento de propina", decidiu Moro. "N�o importa se tais valores, nas contas banc�rias, foram misturados com valores de proced�ncia l�cita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos at� o montante dos ganhos il�citos."
"Tamb�m se justifica a mesma medida em rela��o �s contas das empresas de sua titularidade e controle que podem ter sido utilizadas para ocultar e dissimular a vantagem indevida recebida", anotou o juiz da Lava Jato.
"Considerando os valores constantes na aludida planilha, resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados at� o montante de dez milh�es de reais."