Imprensa internacional destaca pris�o do ex-governador do Rio S�rgio Cabral

S�o Paulo, 17 - A pris�o do ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral (PMDB) pela Pol�cia Federal repercutiu em alguns dos principais ve�culos de comunica��o do mundo. Cabral foi preso por suspeita de comandar um esquema que teria desviado ao menos R$ 220 milh�es.

A rede de TV brit�nica BBC afirmou que Cabral � um dos pol�ticos de alto escal�o do Brasil que foi preso nos �ltimos meses. A BBC tamb�m disse que o ex-presidente Lula tamb�m est� envolvido na mesma opera��o que prendeu Cabral. A rede de TV tamb�m cita outros nomes que foram envolvidos na Lava Jato, como o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Jo�o Vaccari Neto, e o empres�rio Marcelo Odebrecht.

O jornal brit�nico The Guardian afirmou que a pris�o do ex-governador do Rio tem rela��o com o projeto da Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Segundo o Guardian, Cabral foi a figura mais importante da pol�tica do Rio na d�cada passada.

O El Pa�s, por sua vez, destacou que Cabral foi preso com pouco mais de 24 horas de diferen�a para Anthony Garotinho, detido ontem. Os dois s�o ex-governadores do Rio. A publica��o espanhola ressalta que as pris�es aconteceram em um momento de "grav�ssima crise econ�mica" no estado, e cita os protestos na capital fluminense de ontem � tarde, contra as medidas de corte de gastos propostas pelo governador Luiz Fernando Pez�o.

O argentino Clar�n tamb�m repercutiu a pris�o de Cabral e ressaltou que o ex-governador do Rio � integrante do PMDB, mesmo partido do presidente Michel Temer. O Clar�n tamb�m afirmou que Cabral, que foi eleito em 2006 e reeleito em 2010, renunciou ao cargo em 2014, ap�s den�ncias de corrup��o serem divulgadas.

J� o jornal americano The Wall Street Journal repercutiu a fala do presidente Michel Temer, que disse apoiar a independ�ncia do Judici�rio no Brasil. A publica��o tamb�m ressalta que a pris�o veio em um momento "amargo" para os moradores do Rio de Janeiro, que decretou "estado de calamidade" este ano e prop�s "medidas de austeridade dr�sticas" para tentar desafogar as contas p�blicas.