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Estado de Minas

Bra�o direito de Palocci deu modelo de 'contrato de fachada' a Cabral, diz juiz


postado em 18/11/2016 13:13

S�o Paulo, 18 - O ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB), preso nesta quinta-feira, 17, alvo da Opera��o Calicute, usava um contrato de fachada para lavar o dinheiro recebido por ele de propina. O fornecedor do modelo do "contrato padr�o" usado para justificar os recebimentos de valores il�citos foi Branislav Kontic, o bra�o direito do ex-ministro Antonio Palocci. Ambos est�o presos desde 26 de setembro em Curitiba.

"O investigado S�rgio Cabral estaria, ao menos a partir de seu desligamento do Governo do Estado do Rio de Janeiro, atuando ativamente em atividades il�citas de branqueamento de capitais", registra o juiz federal Marcelo Bretas, da 7� Vara Federal Criminal do Rio, no decreto de pris�o preventiva do ex-governador, com base nas investiga��es do Minist�rio P�blico Federal.

"A partir da cria��o de sua empresa Objetiva Gest�o e Comunica��o Estrat�gica Ltda., S�rgio Cabral estaria promovendo contrata��es fict�cias, com o fim de legitimar ingressos de recursos financeiros esp�rios em seu patrim�nio, t�pica atividade de lavagem de dinheiro."

Segundo o pedido de pris�o, a empresa de Cabral, Objetiva, fechou contrato com a Crea��es Op��o Ltda. "Trata-se de contra padr�o, que cont�m termo vagos e imprecisos, aparentemente para que possa ser utilizado para qualquer empresa supostamente contratante, o que, ali�s, � dito pelo fornecedor do 'documento' a S�rgio Cabral, o senhor Branislav Kontic, assessor pessoal de Antonio Palocci, ambos r�us em processo que tramita perante a 13� Vara Federal de Curitiba tamb�m por lavagem de dinheiro", registra Bretas, da Lava Jato no Rio.

Palocci e Brani, como � conhecido o assessor, foram presos alvos da 35� fase da Lava Jato, em Curitiba, batizada de Opera��o Omert�. Ambos viraram r�us em a��o penal aberta pelo juiz federal S�rgio Moro.

O contrato de "assessoramento estrat�gico" estipulava o pagamento de R$ 60 mil mensais. Segundo a for�a-tarefa da Lava Jato, o contrato "vem sendo religiosamente cumprido pela empresa contratante (Crea��es Op��o) h� mais de 1 ano", apesar do prazo contratual ser de 6 meses. A descoberta foi feita com base na quebra do sigilo banc�rio da empresa.

Os investigadores suspeitam que os pagamentos da Crea��es para a Objetiva podem ter rela��o com outro esquema de lavagem, relacionado a empresa Trans-Expert Vigil�ncia e Transporte de Valores. A companhia fez entre 2013 e 2015 R$ 25 milh�es em dep�sitos em dinheiro na conta da Crea��es.

"V�rias s�o as rela��es entre uma poss�vel atividade criminosa atrav�s da empresa Trans-Expert e os investigados neste autos, inclusive S�rgio Cabral e sua esposa Adriana Ancelmo", informa o MPF. H� men��o � poss�vel guarda de dinheiro, pela empresa, do investigado Hudson Braga.

"O que eleva o MPF a suspeitar, com total coer�ncia, que a empresa Trans-Expert por meio de seu gestor David, possui atividade suspeita que aponta para uma poss�vel utiliza��o de seus servi�os para a lavagem de dinheiro atrav�s da internaliza��o de dinheiro em esp�cie nas contas da empresa Crea��es posteriormente repassada � Objetiva de S�rgio Cabral", escreveu Bretas em sua decis�o.

Segundo relato da Pol�cia Federal, nos autos, o respons�vel pela Trans-Expert � David Augusto C�mara Sampaio, "policial civil e que ocupava atualmente cargo de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro tal qual o investigado Jos� Orlando Rabelo, este muito pr�ximo de Hudson Braga".


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