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Estado de Minas

Cabral e aliados tinham costume de realizar pagamentos com dinheiro vivo

Pr�tica chamou a aten��o do juiz S�rgio Moro. Ex-governador do Rio divide cela em Bangu com mais cinco presos na Opera��o Calicute, um desdobramento da Lava-Jato


postado em 19/11/2016 13:58 / atualizado em 19/11/2016 14:04

Cabelos cortados e uniforme de presidiário, o novo visual de Cabral na cadeia: cela comporta três beliches, pia, privada turca e um chuveiro(foto: PF/Reprodução)
Cabelos cortados e uniforme de presidi�rio, o novo visual de Cabral na cadeia: cela comporta tr�s beliches, pia, privada turca e um chuveiro (foto: PF/Reprodu��o)

Quebras de sigilo banc�rio do ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral (PMDB), da mulher, Adriana Ancelmo, e do ex-assessor considerado seu operador, Carlos Emmanuel Miranda, mostram compra de bens com “vultosos” pagamentos em dinheiro vivo — mesmo expediente usado pela Andrade Gutierrez para repassar propinas ao peemedebista, segundo relataram executivos da empreiteira. A pr�tica foi considerada suspeita pelo juiz S�rgio Moro, que, assim como o colega Marcelo Bretas, determinou a pris�o preventiva do pol�tico. Ontem, Cabral passou o segundo dia na cadeia de Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, de cabelos cortados e uniforme de presidi�rio. Ele divide cela com mais cinco presos na Opera��o Calicute, fase da Lava-Jato que atingiu neg�cios do ex-governador considerados il�citos. Um cen�rio bem diferente do que costumava frequentar em Paris, com farras regadas a espumantes caros e muito guardanapo na cabe�a.

Segundo o despacho de pris�o do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Cabral, Adriana e Miranda tinham, “por padr�o de conduta a aquisi��o de bens mediante pagamentos vultuosos em esp�cie”. Os valores somaram R$ 949 mil entre 2009 e 2015. S�rgio Moro desconfiou. “Pagamentos vultosos em esp�cie, embora n�o sejam il�citos, constituem expediente comumente utilizado para prevenir rastreamento e ocultar transa��es financeiras”, destacou. “Causa certa estranheza, por exemplo, a frequ�ncia de aquisi��es vultosas de bens m�veis em esp�cie, como as feitas por Adriana Anselmo.”

Al�m disso, os pagamentos ainda eram feitos de maneira fracionada, em valores abaixo de R$ 10 mil. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Minist�rio da Fazenda, exige que saques e transfer�ncias acima de R$ 100 mil sejam comunicadas imediatamente pelos bancos; as movimenta��es suspeitas acima de R$ 10 mil, tamb�m. Por isso, S�rgio Moro estranhou o fato de as compras serem feitas em parcelas abaixo desse limite.

A ent�o primeira-dama do Rio comprou R$ 56 mil em m�veis em uma marcenaria no fim de 2010: uma mesa de trabalho, duas estantes para livros e dois escrit�rios volantes. Para pagar, pediu que os boletos fossem cancelados, segundo informou a loja ao Minist�rio P�blico. Preferiu fazer dep�sitos em esp�cie na conta da empresa — alguns no mesmo dia, mas sempre abaixo dos R$ 10 mil. Procedimento semelhante foi feito por Cabral. Durante seis dias em novembro de 2007, recebeu pouco mais de R$ 59 mil em sua conta banc�ria, divididos em seis dep�sitos de exatos R$ 9.900, abaixo do limite do Coaf. O escrit�rio de advocacia de Adriana ainda blindou um ve�culo com sete pagamentos em 15 de agosto de 2014, usando a mesma pr�tica.


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