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Estado de Minas

S�rgio Cabral nega acusa��es e contesta delatores


postado em 22/11/2016 08:19 / atualizado em 22/11/2016 10:03

(foto: AFP / YASUYOSHI CHIBA )
(foto: AFP / YASUYOSHI CHIBA )

O ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) negou em depoimento � Pol�cia Federal ter recebido propina durante a sua gest�o no Estado e acusou delatores de mentirem ao relatarem cobran�a de porcentagens sobre contratos de obras p�blicas, conforme apontaram as investiga��es da Opera��o Calicute.

O peemedebista � suspeito de receber 5% sobre grandes obras no Estado durante seus dois mandatos, de 2007 a 2014, como a reforma do Est�dio do Maracan�, o Arco Metropolitano e o PAC das Favelas. Cabral foi delatado por executivos da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia. O esquema, segundo o Minist�rio P�blico Federal, desviou R$ 224 milh�es.

"O mesmo (Cabral) externou sua indigna��o com a situa��o e a afirma��o dos delatores e que tem a consci�ncia tranquila quanto as mentiras absurdas que lhe foram imputadas e que acredita na Justi�a", registra relat�rio sobre o depoimento do ex-governador concedido no dia da sua pris�o, na quinta-feira passada.

"O declarante afirma que as declara��es s�o inver�dicas. Relata que acha que essas informa��es apresentadas nas dela��es dos retro mencionados foram para salvar as dela��es dos executivos da Andrade Gutierrez e Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras), desconhecendo tais fatos e sendo isso uma 'mentira'."

No depoimento, Cabral tamb�m afirmou que sua amizade com Fernando Cavendish, dono da Delta Constru��es, acabou em 2012, quando a empresa foi considerada inid�nea para firmar contratos com �rg�os p�blicos. "Ressalta que a Delta, antes mesmo de assumir como governador do Estado, em 2007, j� era a maior contratante com os �rg�os p�blico municipais e estaduais", disse Cabral.

Cavendish foi alvo da Opera��o Saqueador, em junho deste ano, e negocia acordo de dela��o premiada sobre supostos pagamentos de propinas a pol�ticos. Em um trecho da proposta de colabora��o, o dono da Delta relata seu relacionamento com Cabral e desvios praticados para obter contratos de obras, como a reforma do Est�dio do Maracan�, do Parque Aqu�tico Maria Lenk, na Barra da Tijuca, realizado com dispensa de licita��o, e da transposi��o do Rio Turvo.

Em outro trecho do depoimento, Cabral afirma que o atual governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o - que foi secret�rio e vice-governador em sua gest�o -, foi quem lhe apresentou o ex-secret�rio de Obras Hudson Braga, apontado pela Procuradoria como respons�vel por cobrar propina das empresas.

Segundo Cabral, Pez�o foi o respons�vel, quando secret�rio, por iniciar a licita��o de reforma do Maracan� para a Copa de 2014 - as obras de reforma do est�dio s�o alvo da PF.

Procurado pela reportagem, o governo do Rio informou que n�o iria comentar o caso.

Contas

Ao cumprir decis�o judicial do juiz S�rgio Moro, da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, de bloquear valores dos investigados, o Banco Central encontrou R$ 10 milh�es em apenas uma das contas banc�rias pessoais da advogada, Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador. J� nas contas de seu escrit�rio de advocacia, Ancelmo Advogados, foi encontrado R$ 1 milh�o. Adriana foi levada pela PF para depor na quinta passada, mas liberada em seguida. Nas contas pessoais de seu marido, por sua vez, foram encontrados R$ 454,26.

� a primeira vez, desde o in�cio da Lava Jato, que o valor encontrado em apenas uma das contas banc�rias de um investigado atinge o valor integral do bloqueio determinado.

Cart�o

O Minist�rio P�blico Federal tamb�m identificou gastos totais de R$ 2,1 milh�es no cart�o de cr�dito do ex-secret�rio de Governo Wilson Carlos, apontado por delatores da Lava Jato como "operador administrativo" de Cabral, e de sua mulher. As despesas, entre 2007 e 2015, o que daria uma m�dia de R$ 19,5 mil por m�s, chamou a aten��o dos procuradores por, muitas vezes, extrapolar o rendimento declarado pelo casal no Imposto de Renda.

No relat�rio, a Procuradoria aponta um gasto de US$ 416 com o aluguel de limusine em 2011. A for�a-tarefa da Lava Jato destacou tamb�m gastos com cosm�ticos, roupas e restaurantes.

Nesta segunda-feira, 21, Moro converteu a pris�o tempor�ria de Wilson Carlos em cust�dia preventiva. O juiz acatou aceitou pedido da Procuradoria, que disse ver "risco � ordem p�blica" mant�-lo encarcerado. Ele � o �nico dos alvos da Calicute que esta preso em Curitiba.


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