S�o Paulo – O ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) afirmou � Pol�cia Federal que "sua pol�tica foi voltada para o crescimento econ�mico do Estado". O peemedebista foi preso na Opera��o Lava-Jato na quinta-feira.
Cabral � suspeito de comandar um esquema de R$ 224 milh�es em propinas. Os valores, segundo investiga��o do Minist�rio P�blico Federal, sa�ram de obras de empreiteiras contratadas pelo governo do Estado. O Minist�rio P�blico Federal aponta que o ex-governador recebeu 5% sobre os valores dos contratos durante seus dois mandatos, entre 2007 e 2014.
"Indagado se alguma vez foi beneficiado com contratos, pagamentos de propina e realiza��o de contratos de auditorias e ou outros pelas empresas que receberam incentivos fiscais, o depoente esclarece que n�o e que toda a sua pol�tica foi voltada para o crescimento do econ�mico do estado; que consigna ainda que no seu per�odo o estado passou de uma arrecada��o de ICMS de R$ 26 bilh�es para cerca de R$ 75 bilh�es", afirmou S�rgio Cabral.
Entre as propostas est� o adiamento de aumentos salariais aprovados em 2014 que entrariam em vigor em 2017 ou 2018 e a extin��o de programas sociais como o Renda Melhor. A an�lise do pacote pelos deputados estaduais tem sido acompanhada por manifestantes que protestam a cada sess�o do Legislativo.
A investiga��o da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal, no Paran�, apura pagamento de vantagens indevidas a Cabral, em decorr�ncia do contrato celebrado entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras, sobre as obras de terraplanagem no Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj).
A for�a-tarefa da Lava Jato, no Rio, investiga corrup��o na contrata��o de diversas obras conduzidas no governo do peemedebista, entre elas, a reforma do Maracan� para receber a Copa do Mundo de 2014, o PAC Favelas e o Arco Metropolitano, financiadas ou custeadas com recursos federais.
Contra o ex-governador, foram expedidas duas ordens de pris�o, uma do juiz S�rgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, e outra do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio. Na decis�o em que autorizou a pris�o do peemedebista, Bretas ligou "custo-corrup��o" ao rombo or�ament�rio no Rio.
Ao comparar os crimes de corrup��o aos praticados com viol�ncia ou amea�a � pessoa, o magistrado salientou que os casos que "envolvem corrup��o, de igual forma, t�m enorme potencial para atingir, com severidade, um n�mero infinitamente maior de pessoas" uma vez que os recursos p�blicos que s�o desviados por pr�ticas corruptas "deixam de ser utilizados em servi�os p�blicos essenciais, como sa�de e seguran�a p�blica".
"Com a corros�o dos or�amentos p�blicos, depreciados pelo "custo-corrup��o", toda a sociedade vem a ser chamada a cobrir seguidos "rombos or�ament�rios". Ali�s, exatamente essa � a raz�o que levou o governador do Estado do Rio de Janeiro em exerc�cio a decretar, no dia 17 de junho deste ano, o estado de calamidade p�blica devido � crise financeira. E esta situa��o n�o se d� apenas no Rio, mas em praticamente todos os entes desta Federa��o. A pr�pria Uni�o, h� poucos meses, revelou ao pa�s que a previs�o para o resultado or�ament�rio deste ano de 2016 � de um preju�zo da ordem de mais de 170 bilh�es de reais", afirmou Bretas, respons�vel pelos processos da Lava-Jato no Rio de Janeiro.