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Estado de Minas

Moro veta advogado de Eduardo Cunha perguntar a Cerver� sobre Temer

O epis�dio ocorreu na tomada de depoimento no �mbito das investiga��es da Opera��o Lava-Jato


postado em 25/11/2016 15:07 / atualizado em 25/11/2016 15:30

O juiz S�rgio Moro n�o autorizou que um advogado completasse pergunta ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver� (Internacional) sobre o presidente Michel Temer. O epis�dio ocorreu nessa quinta-feira.

Essa proposta financeira que o sr. recebeu para se manter no cargo de pagar 700 mil d�lares por m�s tamb�m foi levada ao presidente do PMDB � �poca?", indagou o advogado, defensor do ex-presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), em audi�ncia na Justi�a Federal em Curitiba.

"N�o dr, a� estou indeferindo essa quest�o", interrompeu Moro, imediatamente. "Isso n�o � objeto da acusa��o e n�o tem compet�ncia desse ju�zo para esse tipo de quest�o", completou o juiz da Lava Jato. A preocupa��o de Moro � com a cita��o a autoridades detentoras de foro privilegiado perante tribunais superiores - caso do presidente da Rep�blica.

A men��o a pessoas nessas condi��es em processo de primeiro grau judicial pode levar at� � anula��o do caso ou provocar o deslocamento dos autos.

Cerver� foi arrolado pela defesa de Eduardo Cunha, r�u da Lava-Jato e preso em Curitiba por ordem de Moro. Na audi�ncia, o ex-diretor disse que foi nomeado para o cargo na Petrobras em janeiro de 2003 "no novo governo Lula".

O advogado do ex-presidente da C�mara indagou do ex-diretor da estatal petrol�fera se "houve participa��o" do ent�o senador Delc�dio Amaral (ex-PT/MS) em sua indica��o. "Sim, minha indica��o (foi feita) pelo (ex) governador Zeca do PT (MS), por indica��o do senador Delc�dio."

Indagado se houve "pagamento de vantagem indevida a Delc�dio", Cerver� respondeu. "N�o na ocasi�o, mas posteriormente." O advogado de Eduardo Cunha perguntou a Cerver� quando ele "se aproximou do PMDB". Na �poca, em 2006, Cerver� estava sendo pressionado para deixar o cargo.

"Foi o PMDB que se aproximou de mim, em 2006, logo depois do mensal�o, atrav�s do ministro Silas Rondeau que fazia parte do grupo do PMDB", respondeu. "Fui procurado pelo Silas que me apresentou ao senador Renan (Calheiros) e, na �poca, ao deputado J�der Barbalho (PMDB/PA). Me informaram que eu passaria a ser apoiado por esse grupo."

Em sua dela��o premiada, Cerver� afirmou que em 2006 pagou US$ 6 milh�es a Renan "a t�tulo de participa��o nos neg�cios da Petrobras". Renan nega.

"Realmente foi um acerto que houve com esse comando do PMDB. Delc�dio n�o fazia parte desses seis milh�es, mas houve uma destina��o desses seis milh�es de d�lares para esse grupo (do PMDB) de propinas (no �mbito) da primeira sonda que a Petrobras contratou. Delc�dio n�o fez parte. Dois anos depois fui substitu�do."

"Minha substitui��o n�o foi de uma hora para outra, se iniciou com uma press�o do PMDB da C�mara. Fui cobrar o apoio do grupo do PMDB do Senado, mas esse grupo estava muito enfraquecido na ocasi�o porque o senador Renan teve que renunciar (� presid�ncia da Casa) por conta da hist�ria da filha dele. Esse grupo tinha perdido (for�a)", relatou Cerver�, que acabou caindo em 2008.

O advogado de Eduardo Cunha questionou Cerver� se ele foi pressionado a fazer pagamento mensal de US$ 700 mil "ao grupo do PMDB" para se manter no cargo. Ele confirmou.

Cerver� contou que esteve com Michel Temer. Na ocasi�o, Temer era deputado e presidia o PMDB. "Estive com Michel Temer, (fui) levado pelo dr. Bumlai (pecuarista Jos� Carlos Bumlai, r�u da Lava-Jato). Ligou, marcou uma audi�ncia com o deputado Michel Temer, no escrit�rio dele em S�o Paulo. Fui l�, ele (Temer) me recebeu muito bem, mas disse que n�o podia contrariar os interesses da bancada que ele comandava, ele era o presidente do PMDB."


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