Bras�lia e S�o paulo, 27/11/2016, 27 - O presidente Michel Temer considera solicitar ao Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) que passe a gravar todas as audi�ncias p�blicas em que ele esteja presente - e disponibilizar os �udios para acesso p�blico. Ele anunciou a poss�vel medida em coletiva de imprensa na tarde deste domingo, 27, junto aos presidentes da C�mara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros.
Esta � a solu��o pensada por Temer em resposta � atitude do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que afirmou � Pol�cia Federal (PF) ter gravado conversas com o pr�prio presidente, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima - que tamb�m pediu demiss�o esta semana.
Em depoimento � pol�cia, Calero afirmou que Geddel e Temer o pressionaram em nome de interesses particulares, pedindo para que o Instituto Nacional do Patrim�nio Hist�rico (Iphan), vinculado � pasta da Cultura, liberasse o embargo da obra de um pr�dio, em Salvador, onde Geddel possui um im�vel.
"Aproveitando essa grava��o clandestina, talvez fa�amos desse lim�o uma limonada institucional", disse Temer. Ele ainda criticou Calero, afirmando que gravar o presidente da Rep�blica � "desarrazo�vel, quase indigno". "Eu jamais teria coragem."
Ao ser indagado se demorou muito para decidir pela sa�da do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, Temer afirmou: "N�o acho que a sa�da de Geddel demorou, talvez se tivesse sa�do antes poderia ser melhor". Disse n�o ter d�vidas de que "a demora n�o foi �til, mas n�o causa preju�zos de monta", em sua avalia��o.
Temer saiu em defesa de Eliseu Padilha. "O que Padilha fez foi o que eu disse, que � a recomenda��o da AGU", afirmou. "N�o h� necessidade de falar de demiss�o de Padilha", afirmou.
A coletiva de imprensa foi convocada para anunciar um acordo entre Executivo e Legislativo contra a anistia ao caixa dois em campanhas eleitorais. A iniciativa visa dar uma mensagem de compromisso com o combate � corrup��o num momento em que o pr�prio presidente da Rep�blica enfrenta questionamentos �ticos.
Temer afirmou que procura para o lugar de Geddel algu�m "com lisura absoluta de conduta e com boa interlocu��o no Congresso" para assumir a articula��o pol�tica do governo.
J� sobre Calero, contou que, quando ele o procurou para falar sobre a press�o de Geddel, foi aconselhado a "fazer o que achasse melhor" e o informou que a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) poderia mediar este conflito. Ao receber a carta de demiss�o de Calero, afirma ter lhe dito que "n�o havia raz�o" para a sua sa�da e pedido que ele n�o se incomodasse".
Temer nega ter agido em nome de interesses particulares e afirma que s� soube do apartamento de Geddel quando a pol�mica veio � tona, na quinta-feira. "Arbitrei um conflito de natureza administrativa entre o Iphan da Bahia e o Iphan nacional", disse.
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Temer considera pedir � GSI que grave suas reuni�es
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