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Estado de Minas

Temer promete barrar caixa 2

Presidente diz ter feito "acordo institucional" com os presidentes da C�mara e do Senado para impedir qualquer tentativa de livrar pol�ticos que usaram dinheiro n�o declarado


postado em 28/11/2016 06:00 / atualizado em 28/11/2016 08:18


O presidente Michel Temer convocou entrevista coletiva em pleno domingo, ao lado dos presidentes da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado (PMDB-AL), para anunciar um “acordo institucional” impedindo  anistia para o crime de caixa 2. Ele disse que vetar� qualquer a��o neste sentido. A rea��o dos chefes do Executivo e do Legislativo foi uma resposta � repercuss�o negativa das articula��es realizadas por deputados na semana passada para incluir a anistia no projeto das 10 Medidas de Combate � Corrup��o, que dever� ser votado amanh� no plen�rio da C�mara. Temer disse que h� unanimidade dos dirigentes da C�mara e do Senado para atender a voz das ruas: “O poder � do povo; quando o povo se manifesta, essa audi�ncia h� de ser tomada pelo Executivo e Legislativo”. Na coletiva, o presidente tamb�m disse que � uma “indignidade absoluta” o fato de uma de suas conversas com o ex-ministro da Cultura ter sido gravada. “Gravar clandestinamente � desarrazo�vel. Um ministro gravar o presidente da Rep�blica � grav�ssimo, quase indigno”, afimou. Em entrevista � Rede Globo, Calero confirmou que gravou conversas por telefone com Temer e com os ministros Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha.

 

CAIXA 2
Na entrevista, Michel Temer disse que “seria imposs�vel n�o vetar uma mat�ria como a anistia ao caixa 2” e que o an�ncio feito por ele e pelos presidentes da C�mara e Senado ontem “desestimula qualquer movimento para fazer a mat�ria tramitar no Congresso”. E disse que n�o foi s� agora que chegou a essa conclus�o, citando que j� havia sa�do em defesa dos movimentos de rua em 2013 e que na �ltima sexta-feira lembrou que falou a interlocutores que seria imposs�vel o presidente da Rep�blica sancionar uma mat�ria dessa natureza. “Acordamos, eu, Renan e Maia, que n�o h� a menor condi��o de levar adiante essa proposta”, reiterou. J� Rodrigo Maia argumentou que houve confus�o de comunica��o no debate sobre a anistia a crimes de caixa 2. “Nas discuss�es com os l�deres, nossa inten��o jamais foi anistiar crime”. E destacou: “O debate nunca aconteceu e n�o acontecer� no dia da vota��o das 10 medidas contra a corrup��o na ter�a-feira”. Renan reiterou que “h� um acordo, um ajuste institucional no sentido de que n�o haver� aprecia��o de anistia a crime eleitoral, a caixa dois ou a outro qualquer crime”.

GRAVA��O DE CONVERSAS
Temer afirmou tamb�m que, “aproveitando a grava��o clandestina (que seu o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero disse ter feito), talvez fa�amos do lim�o uma limonada institucional”. E anunciou que considera solicitar ao Gabinete de Seguran�a Institucional (GBI) que passe a gravar todas as audi�ncias p�blicas em que ele esteja presente e disponibilizar os �udios para acesso p�blico”. E completou: “Com toda franqueza, gravar clandestinamente � desarrazo�vel. Um ministro gravar o presidente da Rep�blica � grav�ssimo, quase indigno”, emendou. E disse que jamais teria a coragem de gravar uma conversa com algu�m. Temer disse que se a grava��o vier mesmo a p�blico, ficar� evidente que ele � cuidadoso com as palavras e que jamais falou algo inadequado �s suas fun��es no comando do pa�s. O peemedebista disse que, ao ser procurado pelo ex-ministro da Cultura e ver que havia um conflito entre o Iphan da Bahia e o nacional, pediu que o seu ex-colaborador fizesse o melhor neste caso e informou-lhe que a lei prev�, em casos de conflito, que se ou�a a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU). “Eu estava arbitrando conflitos, que � o que mais fa�o na Presid�ncia da Rep�blica”.

SUBSTITUTO DE GEDDEL
O perfil do substituto de Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo est� sendo “examinando com muito cuidado”, disse Michel Temer durante a coletiva. No seu entendimento, � preciso algu�m com “lisura absoluta” e com bom tr�nsito no Congresso Nacional para fazer a articula��o pol�tica de seu governo. Sobre a demora em definir a situa��o de Geddel, ap�s as den�ncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, Temer admitiu que “talvez se (Geddel) tivesse sa�do antes poderia ser melhor”, mas destacou que o desenrolar desse imbr�glio n�o deve causar preju�zos ao governo. Na sua avalia��o, o epis�dio Geddel/Calero ganhou uma “dimens�o extraordin�ria”.

DEFESA DE PADILHA
O presidente defendeu o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no caso em que o ex-ministro Geddel Vieira Lima foi acusado de pressionar o ent�o ministro da Cultura Marcelo Calero para liberar um empreendimento embargado em Salvador. Diz que Padilha fez apenas o que ele pr�prio disse: em caso de conflito, deve-se procurar a Advocacia-Geral da Uni�o para arbitrar o caso. E destacou que n�o h� necessidade de falar em eventual demiss�o de Padilha.

DELA��O DA ODEBRECHT
O presidente reconheceu pela primeira vez em p�blico, durante a entrevista, estar preocupado com os efeitos da dela��o da Odebrecht, que dever� atingir pol�ticos de todos os partidos. “Se dissesse que n�o h� preocupa��o com a dela��o da Odebrecht, seria ing�nuo. Claro que h� preocupa��o de natureza institucional. H� preocupa��o, claro, n�o h� d�vida que h�”, disse o peemedebista, ap�s o an�ncio do veto � anistia de caixa 2. Questionado sobre qual atitude pretende adotar, caso surjam nomes de ministros de sua gest�o nas dela��es dos executivos da empreiteira, Temer foi cauteloso e destacou: “No tocante aos ministros, vou verificar o que vem. E, se vier, vamos verificar caso a caso.”

“LUA DE MEL”
O presidente recha�ou que tivesse ocorrido um per�odo de “lua de mel” de seu governo com o empresariado. E, portanto, n�o se pode dizer que tenha chegado ao fim. Na sua avalia��o, o que houve “foi muito fel pela estrada”. E continuou: “Houve gente que fez campanha contra, argumentativa e f�sica.” Segundo ele, a despeito deste cen�rio, a confian�a vem crescendo aos poucos em raz�o de seu governo estar adotando as atitudes corretas para isso. “N�o vejo cr�ticas � equipe econ�mica, eventuais resultados (na economia) se dar�o no segundo semestre do ano que vem. N�o estamos parados, estamos trabalhando para gerar crescimento”, argumentou.

SITUA��O DO PA�S
Na coletiva, Temer disse tamb�m que est� em car�ter efetivo no comando do pa�s h� dois meses e meio e lembrou do cen�rio dif�cil que encontrou, com, recess�o e desemprego em alta. “N�o foi f�cil aprovar o verdadeiro d�ficit fiscal, aprovar a emenda do teto dos gastos; a DRU (desvincula��o das receitas da Uni�o) estava paralisada e, em pouco tempo, conseguimos aprovar na C�mara e no Senado”. E continuou: “Houve apoio extraordin�rio do Brasil �s atitudes do Executivo”. Sobre a crise dos estados, ele destacou que sua gest�o compreende a “ang�stia dos estados” na repatria��o, mas o Executivo pediu contrapartida. “Fizemos uma repactua��o com os estados.” Ao falar da reforma da Previd�ncia, disse que ir� se reunir com os sindicatos antes da proposta ser enviada ao Congresso Nacional.


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