Bumlai fica em sil�ncio em audi�ncia de a��o contra Lula

O pecuarista Jos� Carlos Bumlai foi dispensado nesta quarta-feira da audi�ncia em que era testemunha de a��o penal contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Por videoconfer�ncia, a defesa de Bumlai, testemunha no caso, informou ao juiz federal S�rgio Moro que n�o responderia sobre sua rela��o com o petista e que sobre a den�ncia contra Lula, o pecuarista nada sabia.

"Em rela��o a esse contexto que a den�ncia coloca em rela��o a essa suposta organiza��o criminosa e at� mesmo em rela��o a amizade ou relacionamento que o meu cliente mant�m com o ex-presidente Lula, ele se reservar� o direito de n�o responder, de permanecer em sil�ncio. Em rela��o a pontos espec�ficos abordados na den�ncia, ele se encontra � disposi��o do Ju�zo, mas a defesa tamb�m adianta que ele desconhece completamente os fatos apurados nessa a��o penal", disse a advogada Daniella Meggiolaro.

Na tarde desta quarta-feira, Bumlai ter� outra audi�ncia na Opera��o Lava-Jato. O pecuarista e o ex-presidente Lula ser�o ouvidos, por videoconfer�ncia, como testemunhas do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em a��o penal contra o peemedebista.

O ex-presidente Lula, a ex-primeira dama Marisa Let�cia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o empres�rio L�o Pinheiro, da OAS, dois funcion�rios da empreiteira e outros dois foram denunciados pelo Minist�rio P�blico Federal.

A Procuradoria afirma que Lula se beneficiou de um conjunto de "tr�s focos". O primeiro se refere a tr�s contratos da empreiteira OAS firmados com a Petrobras. O segundo foco se refere � lavagem de "parte milion�ria" de dinheiro por meio da reforma do triplex no Guaruj� (SP). O terceiro foco, segundo a Procuradoria, ficou caracterizado com o pagamento da armazenagem de bens pessoais de Lula mediante contrato falso.

A defesa de Bumlai afirmou a Moro que a den�ncia "diz expressamente que meu cliente Jos� Carlos Bumlai fazia parte de um esquema criminoso capitaneado pelo ex-presidente Lula". Bumlai n�o � denunciado nesta a��o penal.

"O meu cliente responde a uma a��o penal por suposta obstru��o de Justi�a por investiga��o de organiza��o criminosa em coautoria com o ex-presidente Lula. Meu cliente tamb�m � investigado em um inqu�rito instaurado pelo Supremo Tribunal Federal por suposta organiza��o criminosa tamb�m composta, al�m dele, por outras pessoas", declarou a advogada. "Em raz�o disso, Excel�ncia, qualquer resposta que ele venha a dar sobre a sua rela��o com o ex-presidente Lula necessariamente ter� rela��o com os fatos nos quais ele j� responde a��o penal e est� investigado em inqu�ritos policiais."

Depois da explana��o da defesa de Bumlai, o Minist�rio P�blico Federal, desistiu da testemunha.

"Diante desse posicionamento da defesa do sr Jos� Carlos Bumlai e considerando os depoimentos que ele j� prestou, que est�o juntados como documentos da den�ncia, como anexos da den�ncia, e considerando o que tem l� e pelo visto ele n�o quer esclarecer, eu desisto dessa testemunha", disse o procurador da Rep�blica, Julio Noronha.

Bumlai, ent�o, falou suas �nicas palavras na audi�ncia. "Bom dia, Dr. Moro. Muito obrigado."