
Bras�lia - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), evitou comentar a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) que o manteve no comando da Casa, nesta quinta-feira. Renan se limitou a dizer que o resultado do julgamento � "indiscut�vel" e "fala por si s�". O peemedebista tamb�m se defendeu dos 11 inqu�ritos que tramitam contra ele no STF. "Ningu�m pode ser condenado sem provas, unicamente porque � presidente do Congresso", disse.
Renan afirmou que conversou com o presidente Michel Temer ap�s o julgamento, como tem feito todos os outros dias, mas n�o quis responder o que ele achou da decis�o. "N�o tem o que comentar da decis�o judicial, decis�o judicial do STF � para se cumprir", disse. Nos dias anteriores, Renan se recusou por duas vezes a receber a notifica��o do oficial de Justi�a sobre o seu afastamento, determinado pelo ministro Marco Aur�lio Mello.
Ele declarou ainda que a den�ncia por peculato que o tornou r�u na Corte "n�o vai sobreviver", pois � inocente. Renan alega que toda a presta��o de contas foi feita corretamente nesse caso e que pagou a locadora de ve�culos em dinheiro, por isso n�o h� comprovante de transfer�ncia. Ele � acusado de usar a locadora para desviar dinheiro da cota para atividade parlamentar, o chamado "cot�o", em 2007.
Para se defender, Renan citou o primeiro inqu�rito feito contra ele na Opera��o Lava-Jato, com base na dela��o do ex-presidente da Petrobras Paulo Roberto Costa, que foi arquivado pelo ministro Teori Zavascki. Segundo Renan, h� outros dois inqu�ritos no Supremo com base na mesma dela��o, que acredita que consequentemente tamb�m ser�o arquivados. "Uma a uma, todas essas den�ncias v�o ruir", declarou.
Vota��es
O presidente do Senado tamb�m n�o quis comentar a possibilidade de adiar a vota��o do projeto que atualiza a lei de abuso de autoridade, como teria sido acordado com l�deres partid�rios para acalmar os �nimos com o Judici�rio. A proposta, amplamente defendida por Renan nas �ltimas semanas, causa desconforto entre ju�zes e magistrados, que consideram que o texto busca retaliar investiga��es contra pol�ticos.
Renan colocou o projeto com urg�ncia na pauta de vota��es para ser votado na �ltima ter�a-feira, 6, por�m ap�s o afastamento do peemedebista a sess�o foi cancelada. Ele afirma agora que � o plen�rio que vai decidir sobre a urg�ncia da aprecia��o, por�m a vota��o deve ficar apenas para o ano que vem. O presidente do Senado negou que tenha feito qualquer acordo com l�deres partid�rios pelo adiamento.
Ele reafirmou que o mais importante no momento � votar a Proposta de Emenda Constitucional que estabelece um limite dos gastos p�blicos, em segundo turno, na pr�xima ter�a-feira, 13. Caso a proposta seja aprovada, Renan considera que a promulga��o ser� feita na quinta-feira, 15, �ltimo dia antes do recesso parlamentar. "Mas eu vou me esfor�ar para que todos os itens da pauta sejam apreciados", ponderou.