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Estado de Minas

Entre os citados na Lava-Jato, o presidente Michel Temer � o mais blindado

A Constitui��o impede que o presidente da Rep�blica seja investigado por fatos anteriores ao mandato


postado em 11/12/2016 06:00 / atualizado em 11/12/2016 08:23

Depois de uma semana de fortes emo��es, com o pa�s � beira de uma crise institucional, na qual o Senado e o Supremo Tribunal Federal se digladiavam, novas revela��es sobre a Opera��o Lava-Jato esquentam o fim de semana. O presidente Michel Temer � o principal alvo da dela��o premiada do ex-diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht Cl�udio Melo Filho, que vazou para a imprensa na sexta-feira. Durante jantar no Pal�cio do Jaburu, em 2014, Temer teria pedido R$ 10 milh�es ao presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht.

 

Esse valor, segundo o delator, foi supostamente pago a pessoas pr�ximas do presidente, como o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o assessor especial da Presid�ncia, Jos� Yunes. Os recursos teriam sido entregues em dinheiro vivo. Melo entregou � Lava-Jato uma lista “suprapartid�ria” de pol�ticos que, segundo o delator, receberam recursos da Odebrecht. Tamb�m est�o citados o secret�rio especial da Presid�ncia, Moreira Franco, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, Romero Juc� (PMDB-RR) e Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), e o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Todos negam ter recebido doa��es ilegais, mas o vazamento atingiu em cheio a c�pula do governo.

Entre os nomes citados na Opera��o Lava-Jato, tamb�m est�o os tr�s l�deres do PSDB que pleiteiam a vaga de candidato a presidente da Rep�blica em 2018. A novidade, por�m, � a cita��o do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, nas dela��es dos executivos da Odebrecht. Duas pessoas pr�ximas ao governador s�o mencionadas como intermedi�rias dos repasses. R$ 2 milh�es em esp�cie teriam sido repassados ao empres�rio Adhemar Ribeiro, irm�o da primeira-dama, Lu Alckmin. Alckmin nega a acusa��o: “Apenas os tesoureiros das campanhas, todos oficiais, foram autorizados pelo governador a arrecadar fundos dentro do que determina a legisla��o eleitoral”. N�o h� relato de conversa direta com o governador paulista.

O ministro das Rela��es Exteriores, Jos� Serra, outro presidenci�vel tucano, tamb�m � citado. Teria recebido R$ 23 milh�es em doa��es il�citas. Os executivos disseram � Lava-Jato que uma parte do dinheiro foi entregue no Brasil e a outra por meio de dep�sitos banc�rios realizados em contas no exterior. Oficialmente, a Odebrecht doou apenas R$ 2,4 milh�es para a campanha de Serra, que nega as acusa��es. Presidente do PSDB, A�cio Neves � outro tucano que foi citado na Lava-Jato. Seu nome consta das dela��es premiadas do ex-presidente do PP Pedro Correa, do ex-l�der do governo Dilma Delc�dio do Amaral e do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado.

Cadeia
Entre os citados na Lava-Jato, o presidente Michel Temer � o mais blindado, porque a Constitui��o impede que um presidente da Rep�blica seja investigado por fatos ocorridos antes do exerc�cio do mandato. Ao trazer para o olho do furac�o da crise �tica os l�deres tucanos que se colocam como alternativa de poder, as dela��es premiadas dos executivos da Odebrecht turvam o horizonte pol�tico das for�as que aprovaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Pela primeira vez, o governador Geraldo Alckmin foi citado numa dela��o premiada.

Entre os poss�veis candidatos � Presid�ncia citados na Lava-jato, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, por�m, � o que se encontra em posi��o mais vulner�vel. Sem direito a foro especial, o petista teme ser preso a qualquer momento. Na sexta-feira, o Minist�rio P�blico Federal em Bras�lia denunciou � Justi�a o ex-presidente e o filho dele, Luiz Cl�udio Lula da Silva, pelos crimes de tr�fico de influ�ncia, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa. Investiga��es da Opera��o Zelotes apontaram ind�cios de envolvimento do petista e de seu filho, al�m de Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, em negocia��es irregulares para a compra de 36 ca�as do modelo Gripen pelo governo brasileiro. Tamb�m h� ind�cios de irregularidades na prorroga��o de incentivos fiscais destinados a montadoras de ve�culos por meio de uma medida provis�ria.

Mas nem de longe sua situa��o � parecida com a do ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral, que estava detido no Complexo de Gericin�, em Bangu, com a mulher, Adriana Ancelmo, apesar dos filhos pequenos do casal. Na sexta-feira, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, determinou a transfer�ncia de Cabral para Curitiba, onde est� a maioria dos delatores da Lava-Jato.


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