O Minist�rio P�blico Federal (MPF) requereu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o (TRF2) que mantenha presos e negue pris�o domiciliar ao ex-governador do Rio S�rgio Cabral Filho (PMDB), � sua mulher Adriana Ancelmo, e aos r�us Jos� Orlando Rabelo e Paulo Fernando Magalh�es Pinto. Os quatro est�o entre os denunciados na Opera��o Calicute da Pol�cia Federal e respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro e associa��o criminosa e, no caso de Cabral, por corrup��o passiva. Os supostos crimes teriam sido cometidos em obras durante o governo do peemedebista, de janeiro de 2007 a abril de 2014, como a reforma do Maracan� e o PAC das Favelas. A organiza��o criminosa � acusada de desviar mais de R$ 220 milh�es.
"Pela conduta do ex-governador e dos demais membros da organiza��o criminosa, n�o � dif�cil constatar a probabilidade de que, uma vez soltos, destruam as provas dos delitos praticados e se articulem para encobri-los", sustentam os procuradores regionais M�nica de R�, Andr�a Bay�o, Carlos Aguiar e Silvana Batini. "Em situa��es deste tipo, a libera��o do investigado traz potencial risco de inviabilizar certas linhas investigat�rias, a partir do momento em que lhe permite alertar os outros e com eles pactuar estrat�gias para dificultar as apura��es em curso. Devido � complexidade e tamanho, a investiga��o certamente ainda n�o chegou ao seu fim."
O MPF tamb�m rebateu a alega��o da defesa de que Cabral correria riscos na cadeia, por ter comandado as Pol�cias fluminenses durante seu governo, o que poderia exp�-lo � vingan�a de criminosos presos. Os procuradores consideram que, com a transfer�ncia do ex-governador para a carceragem da Pol�cia Federal em Curitiba, no dia 10, essa alega��o foi superada.
A Procuradoria sustentou ainda a continuidade da pris�o preventiva de Adriana Ancelmo, porque as investiga��es teriam comprovado que ela tem posi��o central na organiza��o criminosa supostamente liderada por Cabral, segundo o MPF. Adriana atuaria, de acordo com seus acusadores, na oculta��o de recursos por meio do escrit�rio Ancelmo Advogados.
"Ela tamb�m integrava a organiza��o criminosa e n�o se tratava apenas de benefici�ria de uma vida de luxo proporcionada pelos ganhos vindos dos crimes contra a administra��o p�blica praticados por seu marido", afirmaram os procuradores, na sua manifesta��o � Corte.
Em defesa da manuten��o das pris�es dos demais, os procuradores argumentaram haver provas de que Rabelo e Magalh�es Pinto agiam ocultando dinheiro ilegal.