
O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, n�o encontrou "elementos concretos suficientes" para solicitar a abertura de inqu�rito para investigar o presidente Michel Temer e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha por causa da acusa��o feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que tenha sofrido press�o para permitir a constru��o de um pr�dio de luxo em Salvador.
Calero acusou Geddel Vieira Lima, ent�o ministro da Secretaria de Governo, de t�-lo pressionado para rever uma decis�o do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) que embargava um empreendimento imobili�rio no qual Geddel afirma ter comprado uma unidade. O ex-ministro da Cultura gravou conversas sobre o assunto, inclusive uma que manteve com o presidente.
O epis�dio fez lideran�as da oposi��o e movimentos sociais se mobilizarem pelo pedido do impeachment de Temer, tendo como base a acusa��o de que o presidente teria cometido crime de responsabilidade, ao trazer para o governo o imbr�glio envolvendo a libera��o da constru��o do pr�dio.
Como Geddel deixou o governo e perdeu o foro privilegiado, Janot encaminhou � Procuradoria da Rep�blica no Distrito Federal a an�lise das suspeitas envolvendo o ex-ministro da Secretaria de Governo.
Censura
Nesta quinta-feira, 15, a Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica aplicou, por unanimidade, a puni��o de "censura �tica" por "conflito de interesse" a Geddel, por ter violado as normas de conduta ao n�o declarar que possu�a a promessa de compra e venda de um apartamento em Salvador, o que, obrigatoriamente deveria ter feito.
A puni��o com "censura �tica" n�o impedir� Geddel de assumir qualquer outro cargo p�blico. Mas, para o relator do caso na Comiss�o de �tica, Marcelo Figueiredo, a decis�o "� mais do que uma mancha no curr�culo, � uma repreens�o p�blica � conduta equivocada da autoridade". O ex-ministro j� foi comunicado oficialmente pela comiss�o sobre a decis�o.