
O juiz federal S�rgio Moro decidiu nesta ter�a-feira soltar dois ex-executivos da Odebrecht que estavam presos desde mar�o do ano passado na Opera��o Lava-Jato. Na decis�o, Moro atendeu pedido da defesa e do Minist�rio P�blico Federal (MPF) e determinou a soltura de Ol�vio Rodrigues Junior e Luiz Eduardo da Rocha Soares, acusados de atuar no Departamento de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, setor respons�vel pelo pagamento de propina a pol�ticos, segundo o MPF.
Um dos propriet�rios da Odebrecht, o empres�rio Marcelo Odebrecht vai continuar preso.
Segundo Moro, a situa��o dele � diferente dos ex-executivos que foram soltos. "A situa��o de ambos � diferente da de Marcelo Bahia Odebrecht, acusado no mesmo processo, mas j� julgado e condenado por outro", disse Moro. Ao decidir pela soltura, Moro entendeu que a pris�o cautelar n�o se justifica mais porque o "ciclo delitivo" da empreiteira foi interrompido e o setor foi desmantelado. Al�m disso, segundo o juiz, a empresa "comprometeu-se publicamente a mudar suas pr�ticas empresariais".
"Assim e na esteira da posi��o do MPF, � o caso de substituir a preventiva por medidas cautelares, considerando a diminui��o do risco � ordem p�blica e do risco � aplica��o da lei", decidiu o juiz.
Em troca de liberdade, o ex-executivos dever�o cumprir medidas cautelares, como compromisso de comparecer aos atos do processo, n�o mudar de endere�o sem autoriza��o, proibi��o de deixar o pa�s e a entrega dos passaportes.
Dela��o da Odebrecht
Na segunda-feira, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os acordos de dela��o premiada de 77 executivos da empreiteira Odebrecht, firmados com a for�a-tarefa de investigadores do Minist�rio P�blico Federal (MPF) na Opera��o Lava-Jato.
Entre os depoimentos dos delatores, figura o do empres�rio Marcelo Odebrecht, condenado pelo juiz federal S�rgio Moro a 19 anos e quatro meses de pris�o por crimes de corrup��o passiva, associa��o criminosa e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
Nos depoimentos, o empreiteiro citou nomes de pol�ticos para quem ele fez doa��es de campanha, que teriam origem il�cita. Os detalhes s�o mantidos em segredo de Justi�a para n�o atrapalhar as investiga��es.