Guimar�es nega intermedia��o de recursos e diz ter 'consci�ncia tranquila'

Em nota divulgada na tarde desta ter�a-feira o l�der em exerc�cio da oposi��o na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE) reagiu � den�ncia por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro oferecida pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. O petista negou que tenha intermediado recursos � Engevix junto ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e disse ter a consci�ncia tranquila de que nunca se beneficiou de recursos p�blicos.

"Essa acusa��o, oriunda de um personagem sem credibilidade, encaro com grande revolta, mas tamb�m como oportunidade de provar minha inoc�ncia. E � isso que farei. Tenho como grande aliado o povo que me concedeu mandato, o qual honro diariamente com muito trabalho", diz a mensagem.

A den�ncia envolve Guimar�es e o ex-vereador Alexandre Romano. Al�m da condena��o de Guimar�es e Romano, Janot pede a repara��o dos valores desviados pela pr�tica de corrup��o e a perda de cargo p�blico do deputado. A den�ncia foi oferecida no �ltimo dia 5 ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas tornou-se p�blica hoje, ap�s o ministro relator, Luiz Edson Fachin, retirar o sigilo do caso.

Fachin decidiu ainda que apenas a den�ncia relativa a Guimar�es permanecer� no STF, j� que o deputado tem foro privilegiado. A acusa��o contra Alexandre Romano ser� remetida para a justi�a de primeiro grau. No final de novembro, a Pol�cia Federal finalizou inqu�rito sobre o caso envolvendo Guimar�es e concluiu que o deputado recebeu propina de Romano, no valor de R$ 97,7 mil, em troca de uma interven��o junto ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Segundo a PGR, os valores vieram como pagamento por um financiamento do banco concedido � Engevix.

"Quero reiterar, conforme venho afirmando desde o surgimento deste assunto, que jamais intermediei junto ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB) quaisquer recursos para a empresa Engevix, nem pratiquei ato de natureza impr�pria junto a qualquer institui��o. Tenho a consci�ncia tranquila de que nunca me beneficiei de recurso p�blico, raz�o pela qual manifesto meu rep�dio a todas as acusa��es", afirma o l�der na nota.

A investiga��o teve in�cio com a dela��o de Alexandre Romano, conhecido como "Chambinho". Segundo a Procuradoria-Geral da Rep�blica, Guimar�es indicou e tamb�m dava sustenta��o pol�tica a Roberto Smith na presid�ncia do Banco do Nordeste do Brasil, tendo "grande influ�ncia" nas decis�es da institui��o financeira. Por isso, Romano, representando interesses da Engevix, procurou Guimar�es em 2010 para falar sobre o empr�stimo � empresa.

Na mensagem distribu�da � imprensa nesta tarde, Guimar�es afirma que, como deputado, mant�m di�logo "com in�meras institui��es p�blicas, bem como atendimentos a diversos interlocutores de todas as esferas". "Prestei contas de todas as minhas despesas de campanha, que foram devidamente registradas e aprovadas", pontua.