
Este ano n�o haver� �rvore enfeitada, ceia � meia-noite nem presente. Acostumado com vida de luxo, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) passar� a noite de Natal na cela do Complexo M�dico-Penal do Paran� (CMP), em Pinhais, na Regi�o Metropolitana de Curitiba, sem qualquer regalia ou comemora��o. Cunha e outros 17 presos na Opera��o Lava-Jato n�o poder�o confraternizar com a fam�lia e passar�o o fim de semana do Natal como todos os outros dias na carceragem.
O �nico “luxo” a que o ex-presidente da C�mara dos Deputados, detido desde 19 de outubro, os outros oito presos que est�o no CMP e demais 650 internos da unidade ter�o direito � de, hoje, dia normal de visita, receber de seus familiares carne assada sem osso ou cozida, arroz, macarr�o, salada e maionese, al�m de uma sobremesa para a data comemorativa. Os visitantes, limitados a dois por preso, poder�o comer junto dos detentos.
N�o h� qualquer mudan�a no hor�rio da visita, que ocorre das 13h �s 16h. Mas, desde 2014, por causa de portaria do Departamento Penitenci�rio do Paran� (Depen-PR), as unidades prisionais permitem que fam�lias reforcem a marmita dos presidi�rios com iguarias diferentes nas datas comemorativas, como Natal, r�veillon, P�scoa, Dia das M�es, Dia dos Pais e Dia das Crian�as.
Normalmente, visitantes podem levar um bolo de at� 500 gramas, cortado, sem cobertura e sem recheio, duas barras de chocolate de at� 200 gramas, sem recheio, dois litros de refrigerante, leite, suco ou ch�. Na lista dos alimentos permitidos entram seis frutas descascadas e cortadas (com exce��o de abacaxi e uva), seis sandu�ches em p�o de 50 gramas com presunto, mortadela, lingui�a, queijo, bife, fil� de frango ou bolinho de carne. Outra op��o � dar aos presidi�rios dois sandu�ches e um pote de at� dois quilos de alimento cozido.
Em datas comemorativas, o sistema prisional abre exce��es e permite que os familiares possam levar quatro medidas de comida (uma medida equivale a um pote de sorvete). Entre as op��es est�o carne assada sem osso ou cozida, feij�o, arroz, macarr�o, sobremesa, salada e maionese. Caso queiram levar presentes de Natal para os presos, visitantes ter�o que se restringir aos alimentos e materiais de higiene, �nicos itens liberados.
Al�m de Cunha, o ex-ministro Jos� Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto, o ex-deputado do Solidariedade Jo�o Luiz Arg�lo, o ex-senador do PTB Gim Argello, o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, o ex-deputado do PT Andr� Vargas, o lobista Eduardo Aparecido de Meira e o lobista Jo�o Augusto Henriques est�o no Complexo M�dico-Penal.
Os outros nove acusados da Lava-Jato presos na carceragem da Pol�cia Federal, em Curitiba, ter�o Natal ainda mais magro, caso do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, al�m do ex-ministro dos governos Lula e Dilma Ant�nio Palocci. Na Pol�cia Federal, n�o h� qualquer concess�o especial no Natal nem no dia normal de visita, que ocorre �s quartas-feiras.
S�bado e domingo, detentos levar�o vida normal, que inclui banho de sol de duas horas, caf� da manh�, almo�o e jantar na cela. No card�pio, nada de diferente: arroz, feij�o, carne e salada. Al�m de Odebrecht e Palocci, tamb�m est�o presos na carceragem da Pol�cia Federal Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, o executivo da OAS L�o Pinheiro, um dos s�cios da Credencial, Fl�vio Macedo, o operador Adir Assad, Wilson Carlos de Carvalho, ligado ao ex-governador S�rgio Cabral, o ex-deputado do PP Pedro Correa e o ex-secret�rio do PP Jo�o Cl�udio Genu.