Minas vai criar fundos para vender ativos

Belo Horizonte, 28 - O governo de Minas Gerais vai criar fundos para vender ativos e, tamb�m, atrair empresas para o Estado com o objetivo de aumentar o caixa e atenuar os impactos da crise financeira. Com d�ficit de R$ 13 bilh�es acumulados nos �ltimos dois anos, Minas - por decreto do governador Fernando Pimentel (PT) - est� em estado de calamidade financeira desde 7 de dezembro, depois de autoriza��o da Assembleia Legislativa.

Ao menos inicialmente, parte dos fundos ser� constitu�da por R$ 900 milh�es que est�o congelados no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Os recursos s�o provenientes do pagamento de linhas de financiamento contratadas por empresas e entrar�o no caixa da institui��o at� 2022.

O an�ncio da cria��o do fundo para venda de ativos, sobretudo im�veis, foi feito ontem por Pimentel durante inaugura��o de uma esta��o do sistema Move, linhas de �nibus de circula��o r�pida da capital. "No come�o do ano vamos mandar para a Assembleia Legislativa projeto de lei criando um fundo imobili�rio para que o Estado possa dispor de alguns ativos que hoje n�o s�o utilizados para auferir recursos e melhorar um pouco a arrecada��o", disse. "A situa��o (do Estado) � muito delicada mesmo", completou.

Quanto � cria��o do fundo para atra��o das empresas, a reportagem apurou que o nome provis�rio do mecanismo ser� Minas Investe, e que a tend�ncia � que ao menos parte dos recursos que ter� seja usada para o financiamento de Parcerias P�blico-Privadas (PPP). "Os fundos administrados pelo BDMG foram paralisados h� cinco anos, j� em fun��o de problemas financeiros que o Estado vinha enfrentando. Por decreto de Pimentel, os recursos que est�o entrando frutos dessas opera��es foram congelados. Na pr�tica, agora, esse dinheiro voltar� a ser usado, depois da aprova��o do projeto de lei pela Assembleia", explica fonte do governo.

Durante a inaugura��o da esta��o, cerca de 100 servidores da Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) fizeram manifesta��o contra o governador. Segundo os funcion�rios do Estado, reformas nas institui��es de sa�de do Estado teriam sido paralisadas e o lanche para acompanhante dos pacientes, suspenso.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.