Segundo pessoas pr�ximas � empresa, as obras no exterior s�o consideradas um trunfo de curto prazo, uma vez que os contratos est�o assinados e a maioria dos financiamentos, liberada. Garantem gera��o de caixa, enquanto o grupo ganha tempo para se organizar no Brasil, onde a situa��o � mais fr�gil.
As rea��es internacionais, por�m, refor�am uma divis�o interna sobre o futuro da Odebrecht. Alguns executivos temem pelo risco de insolv�ncia se os neg�cios encolherem no exterior. A d�vida do grupo beira R$ 100 bilh�es. A maioria, por�m, descarta o risco de um "efeito domin�" com perdas fatais, porque cada pa�s vive uma realidade e h� espa�o para negocia��o com as autoridades locais. Na avalia��o desses, o grupo sobrevive, ainda que menor. Pode vender ativos e conta com o apoio dos bancos, que esperam receber de volta os financiamentos que concederam.
Procurada, a Odebrecht disse em nota que reafirma seu compromisso de colaborar com a Justi�a. "A empresa est� implantando as melhores pr�ticas de compliance, baseadas na �tica, transpar�ncia e integridade."
Rea��o
Ap�s a publica��o dos documentos pelo EUA, oito pa�ses anunciaram que iriam investigar o grupo: M�xico, Peru, Equador, Argentina, Col�mbia, Guatemala, Rep�blica Dominicana e Panam�. Na sequ�ncia, vieram san��es concretas. O Equador � o terceiro pa�s a adotar medidas oficiais contra a empresa. Na ter�a-feira da semana passada, o Panam� anunciou que a empresa n�o poderia participar de novas licita��es. No pa�s, a Odebrecht teria pago US$ 59 milh�es em propina. Na quarta, foi a vez de o Peru comunicar que a empresa brasileira ficava impedida de entrar em novas licita��es.