A Justi�a do Equador proibiu institui��es p�blicas daquele pa�s de firmar contratos com a Odebrecht. A medida, de car�ter preventivo, valer� pelo menos durante as investiga��es do Minist�rio P�blico local sobre esquema de corrup��o envolvendo a empreiteira e o governo equatoriano.
Para se ter uma dimens�o da import�ncia dos contratos internacionais da empresa, as obras no exterior representam 80% do faturamento da construtora, que responde por um ter�o do faturamento total do grupo.
Surpresa
Segundo pessoas ligadas � empresa, a Odebrecht foi pega de surpresa com o grau de detalhamento do documento divulgado pelo Departamento de Justi�a americano (DoJ), quando foi fechado o acordo de leni�ncia com os Estados Unidos. A divulga��o da lista dos 12 pa�ses delatados pela Odebrecht e detalhamento dos pagamentos de propina teria atrapalhado a estrat�gia que era a de avisar os governos e fechar acordos de colabora��o antes que os assuntos viessem � tona. No Equador, por exemplo, o relat�rio dizia que a construtora � suspeita de pagar US$ 33,5 milh�es em propinas, entre 2007 e 2016, para obter contratos de US$ 116 milh�es.
A estrat�gia, no entanto, n�o mudou e a ideia � fazer acordos com espec�ficos com os pa�ses. No Peru, onde as investiga��es sobre corrup��o em contratos com empreiteiras brasileiras est�o mais avan�adas, as conversas j� estariam mais adiantadas.
O impedimento de participar de novas licita��es n�o chega a afetar a construtora imediatamente. Mas, financeiramente, o grupo deve ser afetado levando em conta o grau de participa��o da construtora no faturamento total de R$ 126 bilh�es.