'Ponderar sobre indica��o n�o � crime', diz defesa de Palocci

O advogado do ex-ministro Antonio Palocci, Jos� Roberto Batochio, comentou reportagem que mostra que o empreiteiro Marcelo Odebrecht pediu ao ex-ministro "espa�os" no governo Dilma Rousseff para o ent�o secret�rio executivo da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) Luiz Navarro.

Batochio afirmou que n�o h� irregularidades em fazer indica��es. "Acaso pondera��es sobre indica��o de funcion�rios a promo��es ou ascens�o na carreira passou a ser crime? Que democracia � esta em que membros de um governo est�o condenados � mudez para n�o serem grampeados?", disse o defensor do ex-ministro.

Palocci foi preso em setembro do ano passado, em meio �s negocia��es do acordo de dela��o premiada de executivos e ex-executivos da Odebrecht - ao todo, s�o 77 delatores ligados � empreiteira.

A opera��o que levou � pris�o de Palocci - Omert� - investigou ind�cios da rela��o entre o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil (governos Lula e Dilma) com o comando da maior empreiteira do Pa�s. Segundo a for�a-tarefa da Lava Jato, Palocci atuou como intermedi�rio do PT perante a Odebrecht.

Acusa��o

De acordo com a den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica, Palocci atuou "em favor dos interesses do Grupo Odebrecht no exerc�cio dos cargos de deputado federal, ministro da Casa Civil e membro do Conselho de Administra��o da Petrobras". A Lava Jato sustenta que Palocci teria recebido R$ 128 milh�es do "departamento de propinas" da empreiteira, destinados n�o s� a ele, mas ao PT e para o custeio de campanhas do partido.

Luiz Navarro, hoje conselheiro da Comiss�o de �tica da Presid�ncia da Rep�blica, n�o se manifestou at� a conclus�o desta reportagem. A Odebrecht disse que n�o comentaria o caso. Em nota, informou que colabora com a Justi�a e est� "implantando as melhores pr�ticas de compliance, baseadas na �tica, transpar�ncia e integridade".