Enquanto o Rio de Janeiro tenta fechar os detalhes do acordo com a Uni�o que viabilizar� um regime especial de recupera��o fiscal para o Estado, o governador Luiz Fernando Pez�o trabalha para apaziguar o clima com sua base aliada na Assembleia Legislativa (Alerj) e garantir apoio �s medidas de ajuste que devem ser aprovadas como contrapartida.
"Para melhorar o ambiente na Assembleia, eu disse ao governador que � preciso voltar a pagar os sal�rios em dia e (que) os servi�os voltem a funcionar. Se for isso, eu estaria dentro de um esfor�o m�ximo para ajudar", disse Picciani.
Segundo o presidente da Alerj, at� agora a Uni�o tem mantido o prazo de 120 dias para que as medidas de ajuste sejam aprovadas e o Estado tenha o direito de usufruir dos benef�cios do acordo por at� tr�s anos - embora Pez�o desejasse um prazo maior, de seis meses.
Uma das contrapartidas previstas ao acordo emergencial � a eleva��o da al�quota de contribui��o previdenci�ria dos servidores de 11% para 14% e do Estado para 28%. Hoje, a contribui��o patronal � de 22% no caso do Executivo e de 21% para os demais Poderes.
Segundo Picciani, este � o �nico ponto do acordo que j� tem projeto tramitando na Assembleia. No entanto, o texto apresentado no ano passado enfrentou forte resist�ncia de deputados e servidores, que organizaram uma s�rie de protestos, e a discuss�o acabou sendo adiada para 2017.
Agora, Picciani admite trabalhar pela medida, colocando o Rio no mesmo caminho de outros Estados que j� aprovaram o aumento da al�quota, como Goi�s e Santa Catarina. "Eu disse ao governador que, se esse acordo permitir colocar os sal�rios em dia, aumenta muito a possibilidade de ele recuperar a maioria para aprovar a medida. Os deputados v�o entender, os pr�prios servidores v�o entender, que � melhor pagar 3% a mais e ter seu sal�rio em dia do que continuar com o sal�rio atrasado", afirmou. Desde novembro de 2015, servidores do Rio est�o tendo seus sal�rios parcelados.
Interlocutores de Pez�o dizem que o governador fez uma boa avalia��o da reuni�o com Picciani, reconhecendo a disposi��o do presidente da Assembleia em atuar a favor das medidas. "� tudo ou nada", disse uma fonte do governo do Rio.