
O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, sugeriu ao Supremo Tribunal Federal (STF) arquivar a investiga��o contra o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da C�mara dos Deputados, em que se apurava a suposta pr�tica de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e forma��o de quadrilha.
Serraglio era investigado com mais 4 pessoas, em rela��o �s quais Janot pediu a devolu��o dos autos � Comarca de Ipor�/PR. Os supostos crimes teriam ocorrido entre os anos de 1997 e 2004, ao tempo da gest�o de Maria Aparecida Zago Udenal como prefeita do Munic�pio de Ipor�/PR.
De acordo com o inqu�rito, Ismael Vigo, com a colabora��o de Waldemar Alves e anu�ncia da ent�o prefeita Maria Aparecida Zago Udenal, desviava dinheiro das contas da prefeitura de Ipor� e repassava as quantias de forma fracionada para contas banc�rias de Roberto da Silva.
Segundo a representa��o, Roberto e Ismael tiveram evolu��o patrimonial incompat�vel com suas remunera��es, e a Transportadora Vigo Ltda. era utilizada pelos envolvidos para lavagem de dinheiro. A parte que fazia refer�ncia ao deputado Serraglio � aquela em que se falava em "caixinha para o deputado"
"Ainda nos termos da representa��o, o dinheiro desviado e lavado foi utilizado para financiar campanhas eleitorais de Maria Aparecida Zago Udenal, 'sem esquecer da caixinha para o Deputado Federal Osmar Jose Serraglio, amigo �ntimo de 'Cidinha' Zago, como � mais conhecida'. Adiante, o representante afirma que al�m de se beneficiar das 'caixinhas de campanha' o deputado federal oferecia prote��o aos envolvidos no esquema, por meio de seu escrit�rio de advocacia na cidade de Umuarama", diz Janot na representa��o.
Janot relata que o Minist�rio P�blico do Estado do Paran� requereu a quebra do sigilo banc�rio de Ismael Vigo e Roberto da Silva e que um inqu�rito civil no Paran� foi arquivado por entender-se "ser imposs�vel concluir pela ocorr�ncia de conduta il�cita". Disse Janot que "nenhuma referencia, contudo, h� naqueles autos de inqu�rito civil ao deputado Osmar Serraglio".
"Dessa forma, ao menos por ora, n�o se justifica o prosseguimento da investiga��o sob supervis�o da Suprema Corte, devendo a apura��o ser devolvida ao ju�zo da Comarca de Ipor�/PR. Isso, evidentemente, sem preju�zo de retornarem os autos para aprecia��o dessa Corte, caso surjam elementos concretos quanto a eventual participa��o do congressista nos fatos investigados", afirmou Janot.