O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, formalizou ao Supremo pedido de urg�ncia na an�lise e homologa��o das dela��es da Odebrecht, colhidas no �mbito da Opera��o Lava-Jato. Ontem, o procurador esteve reunido com a presidente do STF, ministra C�rmen L�cia. Oficialmente, o encontro foi para que Janot prestasse condol�ncias pela morte do ministro Teori Zavascki.
Janot tem demonstrado preocupa��o, nos bastidores, com o futuro da Opera��o no Tribunal ap�s a morte do ministro Teori - com quem mantinha boa rela��o.
Caber� a C�rmen decidir qual crit�rio ser� utilizado para a redistribui��o dos casos relativos � Opera��o e, portanto, definir quem ser� o novo magistrado respons�vel por cuidar da Lava-Jato.
Ontem, a presidente autorizou o andamento da an�lise da dela��o de 77 executivos e funcion�rios da Odebrecht pela equipe de ju�zes auxiliares de Teori. Com isso, ser�o realizadas as audi�ncias com os executivos da empreiteira para confirmar se os delatores prestaram depoimento de forma espont�nea. Antes de tomar a decis�o, C�rmen ouviu a opini�o de colegas da Corte, que a apoiaram.
Na pr�tica, o pedido de Janot provoca a presidente do STF a se manifestar sobre a condu��o da Lava-Jato. Isso porque a avalia��o de ministros ouvidos reservadamente � que C�rmen pode dar andamento a tr�mites que j� vinham sendo feitos por Teori, mas caber� ao novo relator a homologa��o dos acordos.
Mesmo com a morte do ministro, os magistrados auxiliares seguem no gabinete at� que o sucessor de Teori assuma e decida se vai manter a equipe. De acordo com o cronograma anterior que vinha sendo cumprido pelo gabinete, os ju�zes devem viajar para capitais onde ir�o ouvir os colaboradores.