Sob press�o dos militantes, o PT dever� desistir de apoiar as candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) � presid�ncia da C�mara e de Eun�cio Oliveira (PMDB-CE) ao comando do Senado. O aval a nomes que foram a favor do impeachment da ent�o presidente Dilma Rousseff e hoje contam com a simpatia do Planalto provocou revolta na base petista, rachou as bancadas do partido no Congresso e obrigou os defensores dessa negocia��o a recuarem.
A ala pragm�tica acha que a sigla deveria endossar Maia � reelei��o, al�m de Eun�cio, para assegurar cargos na Mesa. O apoio ao deputado Jovair Arantes (PTB-GO) tamb�m est� descartado.
Em artigo divulgado no domingo, 29, o presidente do PT, Rui Falc�o, admitiu "diverg�ncias" a respeito da decis�o do Diret�rio Nacional, que no dia 20 autorizou acordos com candidatos da base do governo Michel Temer.
A exemplo de Falc�o, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tamb�m chegou a defender a abertura de negocia��es com Maia e Eun�cio. Nas redes sociais, por�m, o grupo Muda PT - que abriga correntes de esquerda - disse n�o ser poss�vel aceitar o voto em "golpistas".
"O fato � que o protesto tem audi�ncia, repercuss�o e deve ser ouvido pelos parlamentares", escreveu Falc�o. "Minha opini�o pessoal � que nos unamos aos parlamentares da oposi��o (PDT, PC do B, Rede e PSOL) num bloco a ser encabe�ado por algu�m deste campo."
'Avulsos'
O deputado J�lio Delgado (PSB-MG) vai lan�ar nesta segunda-feira candidatura avulsa, j� que seu partido fechou com Maia. O PSOL tamb�m deve entrar no p�reo. Com 58 deputados, o PT est� de olho na Segunda Secretaria. “A bancada est� muito dividida, mas n�o abrimos m�o de lutar por espa�o na Mesa”, diz o l�der do PT na C�mara, Carlos Zarattini (SP).
