
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse nesta segunda-feira que a homologa��o da dela��o de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht � um "ato de justi�a" que mostra � sociedade brasileira que o julgamento do esquema de corrup��o investigado no �mbito da Opera��o Lava-Jato "n�o ser� interrompido".
"A homologa��o � um ato de justi�a n�o apenas � mem�ria do ministro Teori Zavascki, mas de garantia � sociedade de que o julgamento da Lava-Jato n�o ser� interrompido ou mesmo atrasado, beneficiando corruptos e corruptores", disse Lamachia, em nota enviada � imprensa.
Na avalia��o de Lamachia, � preciso que fique "bastante claro" para a sociedade brasileira o "papel de cada um dos envolvidos" no esquema de corrup��o, independentemente de eles integrarem os quadros da iniciativa privada ou serem agentes p�blicos. "Nessas horas, a luz do sol � o melhor detergente", concluiu Lamachia.
Durante o vel�rio do ministro Teori Zavascki, no dia 21, Lamachia j� havia defendido a homologa��o das dela��es da Odebrecht pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra C�rmen L�cia, no intuito de n�o atrasar as investiga��es.
C�rmen homologou as dela��es durante o recesso do Poder Judici�rio, per�odo no qual trabalha em regime de plant�o despachando casos considerados mais urgentes.
A decis�o de C�rmen - de fazer ela mesma a homologa��o - foi feita depois de o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ter pedido de urg�ncia na an�lise e homologa��o das dela��es da Odebrecht. C�rmen n�o retirou o sigilo das dela��es.
O STF informou na manh� desta segunda-feira que a documenta��o das dela��es ser� enviada ainda hoje � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR).