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Estado de Minas

Alexandre de Moraes � indicado ao STF com um hist�rico controverso

Ex-ministro da Justi�a do governo Temer foi promotor de Justi�a, professor de direito constitucional e advogou para o ex-presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)


postado em 07/02/2017 06:00 / atualizado em 07/02/2017 08:34

Como secretário de Segurança Pública de São Paulo e como ministro da Justiça, Moraes ficou conhecido pela forma truculenta com que conduziu a PM e declarações polêmicas em meio à crise penitenciária vivida este ano(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
Como secret�rio de Seguran�a P�blica de S�o Paulo e como ministro da Justi�a, Moraes ficou conhecido pela forma truculenta com que conduziu a PM e declara��es pol�micas em meio � crise penitenci�ria vivida este ano (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil )

Bras�lia – Promotor de Justi�a e professor de direito constitucional da Universidade de S�o Paulo (USP), Alexandre de Moraes nunca concorreu a um cargo eletivo, mas tem vasta experi�ncia na pol�tica e forte liga��o com o PSDB, ao qual � filiado. Foram justamente os tucanos que o indicaram para o Minist�rio da Justi�a, pasta chefiada por ele desde que Michel Temer (PMDB) assumiu a presid�ncia da Rep�blica.

Doutor em direito do estado, tem carreira acad�mica reconhecida e v�rios livros publicados. Nos �ltimos anos, no entanto, como secret�rio de Seguran�a P�blica de S�o Paulo e como ministro, ficou conhecido pela forma truculenta com que conduziu a Pol�cia Militar de S�o Paulo e por declara��es pol�micas em meio � crise penitenci�ria vivida no pa�s em 2017.

Bem visto pelo meio pol�tico, tem tr�nsito com os caciques dos principais partidos da base aliada do Pal�cio do Planalto. Prova disso � que teve o nome chancelado para o STF em um jantar com diversos senadores organizado por Renan Calheiros (PMDB-AL), na semana passada.

Apadrinhado do governador de SP, Geraldo Alckmin (PSDB), Moraes estreou em um cargo pol�tico pelas m�os do tucano em 2002, quando se tornou secret�rio de Justi�a e Defesa da Cidadania, onde ficou at� 2005.

Entre 2007 e 2010, foi um dos principais homens da gest�o de Gilberto Kassab, � �poca no DEM, na prefeitura de S�o Paulo. Al�m de ter sido secret�rio de Transportes, por um ano e meio acumulou a titularidade da Secretaria de Servi�os.

Ap�s se desligar do governo municipal, abriu um escrit�rio de advocacia especializado em direito p�blico. Defendeu, entre outros, o ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) em a��o sobre uso de documento falso. Quando participou pela segunda vez do governo de Alckmin, em 2015, foi questionado por ter atuado na defesa da fac��o Primeiro Comando da Capital (PCC).

No Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, o nome dele consta como advogado da Transcooper, uma das cinco empresas investigadas por lavar o dinheiro da organiza��o criminosa, em pelo menos 123 processos.

Sabatina


Acostumado a conviver nos meios pol�tico e jur�dico, tamb�m contou com a articula��o entre os dois ambientes para ser nomeado, em 2005, pelo ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), para o Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), por indica��o da C�mara dos Deputados no posto destinado aos “cidad�os de not�vel saber jur�dico e de reputa��o ilibada”. Assim como deve ocorrer nos pr�ximos dias, � �poca ele foi sabatinado pela Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado.

O nome dele, no entanto, n�o foi aprovado facilmente. Os parlamentares cobraram explica��o de Moraes sobre um artigo publicado pelo Centro Acad�mico do curso de Direito da USP em que os estudantes o acusaram de defender a tortura para obten��o de informa��es enquanto dava aula para alunos do quinto ano.

O jurista, contudo, negou as acusa��es e convenceu os senadores, que aprovaram sua ida para o CNJ. Sobre a rela��o com o PCC, Moraes garante que renunciou a todos os processos que atuava como um dos s�cios da banca de advogados assim que assumiu a Secretaria de Seguran�a de SP.


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