
Os procuradores da for�a-tarefa da Lava-Jato no Rio levantaram d�vidas sobre a alegada postura colaborativa de Eike Batista com as investiga��es da Opera��o Efici�ncia, deflagrada no �ltimo dia 26, em documento entregue � Justi�a na segunda-feira, 6. Nele, defendem que Eike continue em pris�o preventiva. Entre os motivos, apontam que o empres�rio comprou passagem para os Estados Unidos na mesma data de sua viagem, dois dias antes da opera��o ir �s ruas.
Segundo os procuradores, a compra das passagens no dia da viagem "indica uma poss�vel fuga, tendo ele (Eike), por qualquer meio, tido ci�ncia da sua pris�o iminente".
"Esse fato, ainda pass�vel de apura��o, contraria a afirma��o do requerente (Eike) de que teria uma postura totalmente cooperativa no curso das investiga��es", dizem no documento enviado � 7ª Vara Federal Criminal do Rio, respons�vel pelos desdobramentos da Lava-Jato no Rio.
Eike s� foi preso quatro dias depois da Opera��o Efici�ncia ser deflagrada, quando retornou dos EUA. "H� que se registrar que seu retorno se deu ap�s a difus�o do seu nome para o alerta vermelho da Interpol, o que, de qualquer maneira, dificultaria sobremaneira sua eventual vida como foragido", dizem.
Al�m disso, afirmam que h� elementos nos autos que indicam que Eike, mais de uma vez, tentou obstruir as investiga��es, "fato que, at� o momento, em nada foi elidido pelo requerente".
Sobre o alegado risco de vida em meio � not�cias que Eike estaria negociando acordo de colabora��o premiada, os procuradores pedem manifesta��o do Secret�rio de Estado de Administra��o Penitenci�ria. Nela, querem que a secretaria se declare sobre a sua capacidade de garantir a integridade f�sica do empres�rio.
Propina
A Opera��o Efici�ncia investiga um esquema que teria lavado ao menos US$ 100 milh�es em propinas para o grupo pol�tico do ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB), que tamb�m est� preso. O dinheiro foi remetido ao exterior. Eike � acusado de pagar propina de US$ 16,5 milh�es ao ex-governador.
Na vis�o do Minist�rio P�blico Federal (MPF), al�m do fundador do grupo X tamb�m devem permanecer em pris�o preventiva Thiago Arag�o (s�cio de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio S�rgio Cabral) e S�rgio de Castro Oliveira (operador financeiro do esquema).
Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o (TRF-2) negou liminar no pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Eike Batista.