O presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), minimizou nesta quarta-feira, o v�nculo partid�rio do ministro licenciado da Justi�a, Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Se n�s formos fazer uma an�lise hist�rica, mais de 30% dos ministros do Supremo Tribunal, nos 20 anos, tinha filia��o partid�ria ou serviram a governos antes de ir ao Supremo. N�o � dem�rito algum. Eles participaram da vida democr�tica de seu pa�s ou em partidos pol�ticos ou servindo aos governos", ressaltou A�cio Neves.
O senador lembrou que, ap�s ser indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga deixada por Teori Zavascki, morto em acidente a�reo, Alexandre de Moraes se desfilou na ter�a-feira, 7, do PSDB, partido no qual que ingressou em 2015.
A�cio tamb�m disse n�o v� incompatibilidade no fato de Moraes antes de ser indicado para o STF, ocupar o Minist�rio da Justi�a, cargo considerado de confian�a do presidente Michel Temer. Ao falar do tema, o tucano mencionou o hist�rico do ministro Celso de Mello, decano da Corte. "Ele assessorou diretamente o presidente Jos� Sarney at� o momento da sua indica��o. Isso faz dele um ministro menor naquela corte? Pelo contr�rio. Servir ao governo � participar da vida democr�tica. Isso deve ser louvado. N�o podemos cair na cantilena oposicionista, que desconsidera o passado de indica��es do pr�prio PT para fazer esse tipo de acusa��es", disse.
Antes de ter o nome confirmado para o STF, Alexandre de Moraes precisa passar por sabatina e vota��o na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a do Senado. Em seguida por uma nova vota��o em plen�rio.
As declara��es de A�cio foram feitas ap�s visita de Moraes ao seu gabinete, que contou ainda com a participa��o dos demais integrantes da bancada do PSDB do Senado.
Antes da reuni�o, Moraes tamb�m se reuniu com o presidente do Senado, Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), e com o l�der do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), para "apresentar as suas credenciais".
Indicado por Temer para o STF, ele disse que pretende se encontrar com todos os 81 senadores, e n�o apenas com os integrantes que comp�em a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ). "Constitucionalmente, � fun��o do Senado analisar o meu curr�culo e a minha experi�ncia", declarou.