
Questionado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o indicado ao cargo de ministro do STF, Alexandre de Moraes afirmou nesta ter�a-feira, 21, que se sente capaz de atuar na Corte com neutralidade. Ele minimizou a responsabilidade que ter�, caso aprovado, em ser o revisor de plen�rio das investiga��es da Opera��o Lava-Jato e trabalhar em casos que envolvem membros do governo Michel Temer.
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"Me julgo capaz de atuar com absoluta neutralidade e imparcialidade dentro do que manda a Constitui��o, al�m das quest�es partid�rias. O objetivo �nico � aplicar a Constitui��o, e a Constitui��o � apartid�ria", afirmou Moraes.
Em sua quest�o, Lindbergh questionou se Moraes poderia agir com isen��o ao julgar membros investigados do governo Michel Temer, do qual faz parte. Ele relembrou que o pr�prio presidente da Rep�blica � citado diversas vezes em dela��es da Lava-Jato.
Moraes rebateu o senador ao relembrar que outros ministros do Supremo tamb�m atuaram anteriormente em governos ao longo da hist�ria, o que n�o configura necessariamente um favor pol�tico. Ele citou o envolvimento pol�tico do ministro Edson Fachin.
Declara��o de 'impedido'
Lindbergh pediu que Moraes se declarasse impedido de ser revisor de plen�rio da Lava Jato. Em resposta, entretanto, o ministro licenciado da Justi�a minimizou a import�ncia do cargo. "Havendo algum caso da Lava-Jato em plen�rio, o revisor n�o participa da investiga��o. No plen�rio do STF, em tese, serei o revisor. Mas n�o serei o revisor na investiga��o. O revisor de casos existentes � o ministro Celso de Mello", disse.
Impeachment
Lindbergh questionou ainda se Moraes se declararia suspeito para, eventualmente, julgar o recurso da defesa ex-presidente da Rep�blica Dilma Rousseff no processo de impeachment. O recurso tramita no Supremo e ainda n�o foi julgado.
"N�o me sinto constrangido em pr�-analisar eventual impedimento. Analisarei caso a caso nos termos do regimento interno", disse Moraes.
Ele n�o respondeu, entretanto, se acredita que a quest�o representa algum conflito de interesse.