O ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Moreira Franco, e o l�der do governo no Congresso, Romero Juc� (PMDB-RR), protagonizaram nesta quarta-feira um confronto p�blico, escancarando uma disputa travada nos bastidores.
O ministro vinha demonstrando descontentamento com Juc�, presidente do PMDB, por causa de declara��es contra a Lava-Jato. O estopim da nova crise, por�m, foi uma entrevista ao jornal Valor, na qual Moreira disse que o PMDB n�o fechar� quest�o sobre a reforma da Previd�ncia porque "contraria tradi��es do partido". No jarg�o do Congresso, fechar quest�o significa que todos os parlamentares de determinada sigla s�o obrigados a votar de acordo com a orienta��o partid�ria.
A declara��o de Moreira foi dada no mesmo dia em que Temer se reuniu com l�deres da base e centrais sindicais para convenc�-los da import�ncia de aprovar a pol�mica reforma da Previd�ncia. Auxiliares do presidente disseram que a afirma��o do ministro provocou rea��o no mercado e funcionou como "sinal confuso" para o Congresso.
Moreira foi al�m e, perguntado se Juc� falava em nome do governo - quando comparou a Lava Jato � Inquisi��o e disse ser preciso "estancar essa sangria" -, respondeu que n�o.
O senador ficou furioso. Combinou com Temer uma resposta apenas para "esclarecer" a parte relacionada � Previd�ncia. Em nota, lembrou que o PMDB n�o tomou posi��o a respeito de liberar o voto. "Ao contr�rio, o partido tem discutido com a bancada federal da C�mara dos Deputados a possibilidade de fechamento de quest�o assim como foi feito na vota��o da PEC que limita os gastos p�blicos".
Depois, Moreira divulgou nota para repetir que o PMDB nunca adotou essa pr�tica. "Quando coloquei essa quest�o, coloquei dentro desse contexto. De um partido que pratica a democracia e, por isso, jamais ser� leninista", escreveu. A