Crivella envia ao STF diplomas do filho para reverter suspens�o de nomea��o

Bras�lia, 24 - Em mais um esfor�o para reverter a decis�o que suspendeu a nomea��o de seu filho para a Casa Civil carioca, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) diplomas e at� o hist�rico escolar de Marcelo Hodge Crivella.

O ministro Marco Aur�lio Mello, do STF, suspendeu no dia 8 deste m�s a nomea��o do filho do prefeito para o cargo de secret�rio da Casa Civil do munic�pio. Marcelo Hodge Crivella foi nomeado secret�rio pelo pr�prio pai no dia 1� de fevereiro.

Segundo o prefeito, nada pode ser dito quanto a uma "eventual inidoneidade" do filho. Para corroborar a afirma��o, Crivella enviou ao STF documentos que comprovam que Marcelo Hodge Crivella n�o responde a processo judicial e que atestam sua forma��o acad�mica.

"Quanto � sua qualifica��o t�cnica, esta � indiscut�vel, pois seu curr�culo � exemplar. Al�m de graduado em psicologia pela Biola University, nos Estados Unidos (note-se: n�o � psicologia "crist�", como tem sido maldosamente divulgado. A universidade americana � que � uma institui��o religiosa, como a PUC, por exemplo), possui mestrado em Oxford Brookes, Inglaterra, al�m de outros cursos em gest�o p�blica, bem como experi�ncia profissional em grandes empresas, no Brasil e nos Estados Unidos (vide curr�culo e certificados anexados). N�o h� como negar sua qualifica��o t�cnica", frisou o prefeito.

Segundo o hist�rico escolar da Oxford Brookes University, por exemplo, a nota do filho de Crivella no mestrado de Inova��o, Criatividade e Empreendimento variou de 53 (na disciplina Inova��o, Criatividade e Empreendimento) a 73 (Introdu��o aos Princ�pios de Marketing). Curiosamente, a segunda maior nota do filho de Crivella nesse mestrado - 72 - foi obtida nos m�dulos Plano de Desenvolvimento Pessoal e Empreendedorismo. As notas s�o em termos porcentuais, conforme crit�rios fixados pela pr�pria institui��o.

Tamb�m foram enviadas ao STF certid�es de nada consta da Justi�a Federal, do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, do Tribunal de Contas do Munic�pio do Rio de Janeiro e da Justi�a Eleitoral.

"Esta autoridade agiu, sem d�vida alguma, dentro dos lindes legais ao nomear, para cargo pol�tico, como Secret�rio Chefe da Casa Civil da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, seu descendente em primeiro grau, � vista de sua capacidade t�cnica e idoneidade moral para o exerc�cio da fun��o e para auxiliar o ora signat�rio na constru��o das diretrizes e propostas de seu governo", escreveu o prefeito do Rio ao STF.

Em sua manifesta��o, o prefeito destacou que a legisla��o municipal que trata sobre nepotismo exclui das restri��es impostas para nomea��o os cargos do chamado primeiro escal�o - no caso, os secret�rios municipais.

"Al�m disso, n�o olvidou esta autoridade de observar a determina��o contida na S�mula Vinculante n� 13 desse E. Supremo Tribunal Federal, cuja correta interpreta��o foi outorgada por in�meros precedentes dessa mesma Corte, segundo a qual n�o se aplica a restri��o sumular para os casos de nomea��o para cargos pol�ticos, atendo ao fato de que o nomeado possui a devida qualifica��o t�cnica e idoneidade moral", observou Crivella.

Um dia depois de suspender a nomea��o, o ministro Marco Aur�lio disse que a nomea��o foi um ato de "ingenuidade" e de "abandono do razo�vel". No dia 13 deste m�s, Crivella fez uma maratona de visitas pelos corredores do STF para convencer os ministros da Corte sobre a legalidade da nomea��o.