O ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht pode confirmar em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, as revela��es feitas pelo ex-diretor de Rela��es Internacionais da empresa Cl�udio Melo Filho, de que Temer teria negociado pessoalmente contribui��es da empreiteira ao PMDB em 2014.
Do valor negociado no jantar, R$ 4 milh�es foram realizados "via Eliseu Padilha", a quem Melo Filho chama de "preposto de Temer". Parte do pagamento, segundo Padilha informou ao delator, foi destinada ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Compreendi que os outros R$ 6.000.000,00, por decis�o de Marcelo Odebrecht, seriam alocados para o Sr. Paulo Skaf", afirmou.
Um desses pagamentos teria sido feito na sede do escrit�rio de advocacia de Jos� Yunes, ex-assessor especial e amigo pessoal de Temer. Em seu depoimento, Yunes afirmou que, durante a campanha eleitoral, recebeu pedido de Padilha para que recebesse em seu escrit�rio alguns "documentos", que depois seriam retirados de l� por um emiss�rio. Yunes afirma que desconhece o conte�do do pacote.
Caixa 2
Em pelo menos um depoimento, a Odebrecht descreve uma doa��o ilegal de cerca de R$ 30 milh�es � coliga��o Com a For�a do Povo, que reelegeu Dilma e Temer em outubro de 2014. O valor representa cerca de 10% do total arrecadado oficialmente pela campanha. Se Marcelo confirmar a doa��o, tanto Dilma como Temer seriam implicados.
Michel Temer nega todas as acusa��es. Ele diz apenas que pediu "aux�lio formal e oficial" � Odebrecht, mas que n�o autorizou "nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral". Quando os novos depoimentos foram marcados, Dilma afirmou que n�o "tem nada a Temer".