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Estado de Minas

Planalto quer adiar julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE

A estrat�gia mudou depois do depoimento de Marcelo Odebrecht, que confirmou o caixa 2 para a campanha


postado em 02/03/2017 06:00 / atualizado em 02/03/2017 07:41

A defesa de Temer também estuda pedir a nulidade do depoimento de Odebrecht(foto: Valter Campanato/Agencia Brasil;)
A defesa de Temer tamb�m estuda pedir a nulidade do depoimento de Odebrecht (foto: Valter Campanato/Agencia Brasil;)

Ap�s o depoimento de quatro horas prestado nesta quarta-feira pelo ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht, em Curitiba, no processo que analisa a cassa��o da chapa Dilma-Temer, o Pal�cio do Planalto e a defesa do presidente estudam a possibilidade de alterar a estrat�gia de a��o.

A partir de agora, em vez de uma posi��o de espera, na torcida para que o processo tenha celeridade, a inten��o � trabalhar na produ��o de contraprovas, pedidos de per�cia e an�lise de documentos para protelar ao m�ximo o julgamento final. Se poss�vel, arrastar a a��o at� 2018, aproveitando o fato de que o relator, ministro Hermann Benjamin, deixar� o cargo em outubro.


Advogado de Temer no processo, Gustavo Guedes foi lac�nico ao comentar o depoimento. “Vamos esperar todas as oitivas para definir os pr�ximos passos da defesa”, declarou. Nesta quinta-feira ser�o ouvidos pelo Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro os depoimentos do ex-presidente da Odebrecht Benedito Barbosa e do ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis. Na sexta, � a vez dos depoimentos, em Bras�lia, do ex-diretor de rela��es institucionais Cl�udio Melo Filho e do ex-diretor Alexandrino Reis.

O Planalto ficou surpreso porque a dela��o premiada de Marcelo Odebrecht � for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, apesar de homologada, ainda est� sob sigilo judicial. Em um passado recente, o TSE desistiu de colher o depoimento de Ricardo Pessoa, da UTC, pelo mesmo motivo.

Para interlocutores de Temer e advogados respons�veis pela defesa, Marcelo s� teria sido chamado a depor ap�s o vazamento da dela��o do ex-diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht Cl�udio Melo Filho. A defesa do presidente sustenta que pode pedir a nulidade da dela��o por causa do vazamento. como estrat�gia protelat�ria.

Ap�s o depoimento de seu cliente ao ministro Benjamin, o advogado de defesa do empres�rio, Luciano Feldens, disse que Marcelo “falou tudo que deveria falar, o que poderia falar”. Questionado se o empreiteiro poderia prestar novo depoimento, o advogado disse apenas que “foi conclu�do”. O empres�rio segue preso na carceragem da Pol�cia Federal da capital paranaense.

A preocupa��o do governo � que os depoimentos dos ex-executivos da empreiteira atrapalhem a estrat�gia de defesa de separar as contas de arrecada��o de PT e PMDB na campanha presidencial de 2014. Em sua dela��o premiada  � Lava-Jato, Melo Filho afirmou que Temer, durante um jantar no Pal�cio do Jaburu, em 2014, quando ainda era vice-presidente da Rep�blica, pediu R$ 10 milh�es da empreiteira como contribui��o para campanhas do PMDB. Seriam R$ 4 milh�es para a campanha do partido e R$ 6 milh�es para o candidato ao governo de S�o Paulo Paulo Skaf.

Segundo a Folha de S�o Paulo, Marcelo, no depoimento a Benjamin, ontem, teria confirmado o jantar, o pedido de ajuda para a campanhas, mas negou que tenham sido discutidos valores, que teriam sido acertados entre o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e Melo Filho.

Em sua dela��o premiada, Melo Filho afirma que o acerto foi feito diretamente por Marcelo Odebrecht, no encontro com Temer. “No jantar, acredito que considerando a import�ncia do PMDB e a condi��o de possuir o vice-presidente da Rep�blica como presidente do referido partido pol�tico , Marcelo Odebrecht definiu que seria feito pagamento no valor de R$ 10 milh�es.”

O chefe da Casa Civil est� de licen�a m�dica ap�s uma cirurgia na pr�stata, realizada com o sucesso na �ltima segunda-feira. A princ�pio, Padilha retornaria � pasta na pr�xima segunda-feira. Mas aliados de Temer acham dif�cil que isso ocorra, pelas dificuldades naturais do p�s-operat�rio. A tend�ncia � que a licen�a m�dica seja prorrogada. Aliados do presidente Temer confirmam que o ministro e o presidente ainda n�o conversaram diretamente sobre a crise e que a situa��o do chefe da Casa Civil s� ser� definida ap�s esta conversa.

PEDIDO DE ACAREA��O

Os R$ 10 milh�es de doa��o que teriam sido pedidos � Odebrecht por Temer e pelo ministro Eliseu Padilha j� provocaram outro estrago no governo. O ex-assessor especial da Presid�ncia Jos� Yunes — tamb�m citado pelo ex-diretor da Odebrecht Cl�udio Melo em dela��o premiada— disse ter recebido do doleiro L�cio Bolonha Funaro um envelope, lacrado, que deveria ser entregue a Padilha.


Nesta quarta-feira, Yunes colocou � disposi��o seu sigilo telef�nico para provar que agiu a pedido de Padsilha. Funaro negou e pediu � Procuradoria Geral da Rep�blica para depor sobre a acusa��o, inclusive passar por acarea��o com Funaro, Padilha e Melo Filho. Ele est� preso desde julho, suspeito de operar esquema de propinas na Caixa para o ex-deputado Eduardo Cunha.

No pedido, a defesa de Funaro diz que o objetivo � “esclarecer a verdade dos fatos manifestamente distorcidos” no depoimento de Yunes. O advogado de Funaro, Bruno Espi�eira, afirmou que pretende processar o ex-assessor de Temer por cal�nia. “Ele jamais entregou envelopes. Isso � uma cria��o do Jos� Yunes. Isso tem de ser apurado”, enfatizou o defensor. (Com ag�ncias)

 


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