
Esta investiga��o apura a suposta participa��o da empreiteira Serveng no esquema de corrup��o instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Mesmo sem ser apontada como uma das empresas que teria atuado no cartel que fraudou licita��es na estatal, a companhia foi citada por delatores e � investigada por suspeita de pagar propinas a pol�ticos por meio de doa��es eleitorais. Agora, a for�a-tarefa da Lava-Jato poder� se aprofundar ainda mais sobre o envolvimento da empresa com o esquema.
Apesar de desmembrar parte da investiga��o, na decis�o, o ministro Fachin manteve perante o STF a investiga��o contra um diretor da Serveng, por entender que as acusa��es contra ele est�o diretamente ligadas �s acusa��es a Renan e a seu aliado, o deputado An�bal Gomes (PMDB/CE), apontado pela Lava-Jato como o “porta-voz” do ex-presidente do Senado. Em troca dos valores supostamente recebidos, Renan e An�bal teriam oferecido apoio pol�tico ao ent�o diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que mantinha a Serveng em licita��es da estatal.
Na den�ncia apresentada no ano passado ao STF, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, aponta que os contratos da empreiteira com a estatal cresceram 380% depois que ela fez a primeira doa��o ao PMDB, em 2010. A investiga��o aponta duas doa��es oficiais ao PMDB, nos valores de R$ 500 mil e R$ 300 mil, em 2010, operacionalizadas pelo diretor comercial da Serveng, tamb�m denunciado ao STF, e que foram destinadas � campanha de Renan Calheiros em 2010. Para a Pol�cia Federal, h� suspeitas de que doa��es da empreiteira para outros pol�ticos tamb�m tenha sido feita nos moldes do que ocorreu com Renan, ligadas ao esquema de corrup��o na Petrobras.
NEGATIVA Em nota, a assessoria de Renan Calheiros afirmou que o parlamentar nunca recebeu doa��o eleitoral “direta ou indireta” da Serveng. “O senador Renan Calheiros n�o foi ainda citado pelo ministro Edson Fachin neste apressado inqu�rito. Tanto a empresa Serveng quanto o deputado An�bal Gomes negaram qualquer rela��o do fato com o senador, que n�o conhece os diretores desta empresa e nunca recebeu direta ou indiretamente doa��o eleitoral dela. O saudoso ministro Teori Zavascki devolveu no mesmo dia este mesmo pedido de investiga��o por prec�rio. O senador nunca credenciou ou autorizou ningu�m a falar em seu nome onde quer que seja”, diz a nota.