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Estado de Minas

Computador de delator detalha repasses ilegais


postado em 16/03/2017 07:49 / atualizado em 16/03/2017 09:52

Genebra - Planilhas, um laptop, celulares e documentos confiscados pelo Minist�rio P�blico da Su��a confirmam que a Odebrecht usou seu caixa 2 para enviar "milh�es de d�lares" para o financiamento de campanhas eleitorais no Brasil em 2010 e 2014. O material era do executivo Fernando Miggliaccio, preso em Genebra em fevereiro de 2016.

De acordo com as planilhas apreendidas, os pagamentos chegaram a ter um calend�rio, com transfer�ncias semanais aos beneficiados - que incluiria financiamento para a campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, em 2014.

O material pode ser considerado "crucial" para as investiga��es no Brasil e apontariam para um pagamento "regular" por parte da construtora para partidos e pol�ticos nacionais, em troca de favores.

Em documentos do Minist�rio P�blico de Berna, a conclus�o � de que foram feitos "pagamentos em contas su��as para o financiamento de campanhas pol�ticas no Brasil". Os partidos e os nomes dos pol�ticos, por�m, n�o foram revelados. Mas pessoas que j� tiveram acesso ao material confirmam que os pagamentos atendiam "a todos os grupos".

Miggliaccio era um dos respons�veis pelo Departamento de Opera��es Estruturadas, o setor de propinas da empreiteira.

A reportagem apurou que, no in�cio de 2016, Miggliaccio viajou para a Su��a, diante da iminente pris�o de pessoas que eram consideradas "fundamentais" e que poderiam revelar detalhes de como funcionava o financiamento ilegal de campanhas.

O executivo conseguiu apagar parte substancial de um servidor que a Odebrecht mantinha na Su��a, onde estocava dados sobre o pagamento de propinas em todo o mundo.

Miggliaccio acabou detido e, em meados do ano, aceitou cooperar. Em seu compromisso, ele tamb�m aceitou entregar todos os dados, que ainda est�o de posse dos su��os. A Procuradoria-Geral da Rep�blica j� fez pedido para reaver o material.

"Milhares de listas foram confiscadas e, a partir dos pagamentos relatados por meio do sistema ilegal, foram listados, com datas de pagamento, o valor e o nome dos recipientes", indicou o MP su��o, em documento que faz parte da decis�o sobre a multa aplicada � Odebrecht.

Contas na Su��a


Em dezembro, foi revelado que pelo menos 66,5 milh�es de francos su��os (R$ 200 milh�es) foram pagos a ex-diretores de estatais e outros funcion�rios p�blicos no Brasil em propinas a partir das contas na Su��a. No total, o pa�s investigou mais de 300 transa��es banc�rias, com o envolvimento de intermedi�rios e funcion�rios p�blicos.

A constata��o foi de que 440 milh�es de francos su��os das subsidi�rias da Odebrecht passaram pelos bancos su��os entre 21 de dezembro de 2005 e junho de 2014. No total, o sistema criado pela Odebrecht em todo o mundo movimentou de forma ilegal US$ 635 milh�es. Procurada, a empreiteira n�o se pronunciou.


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