Senadores divergem sobre o significado hist�rio da Opera��o Lava-Jato, que completou tr�s anos nesta sexta-feira. Coincidentemente, nesta semana, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, remeteu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista com os nomes de 83 pessoaspara serem investigados com base ns dela��es premiadas de ex-executivos da empreiteira Odebrecht.
“A Lava-Jato foi um marco em mat�ria de procedimentos e inibidora de comportamos inadequados”, afirmou Maia.
Para o senador, a opera��o colocou “um freio” em pol�ticos que achavam que, ao estar no poder, podiam agir cometendo irregularidades. Al�m disso, Agripino avalia que a Lava-Jato, embora ainda n�o tenha chegado ao fim, j� trouxe consequ�ncias.
“A primeira � o fim do financiamento privado de campanha. Isso a� acabou. � a primeira grande consequ�ncia. Agora, o pr�ximo passo � saber como vai se fazer campanha para que o eleitor conhe�a os candidatos e os partidos sem esse tipo de recurso”, pontua.
A campanha eleitoral de 2018 � considerada decisiva para saber se a opera��o de fato provocou mudan�as profundas no pa�s, na opini�o da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).
Uma da mais experientes parlamentares em atividade no Congresso, Rose n�o considera ser poss�vel dizer ainda se a Lava-Jato mudou o jeito de fazer pol�tica no pa�s.
Para a senadora, a pauta de rea��o que vem sendo levantada no Congresso, em especial a de anistiar a pr�tica de Caixa 2, mostra que � cedo para dizer que as pr�ticas mudaram.
“S� vai ser aferido se tivemos mudan�as quando o povo votar e observarmos que tipo de pol�tico ser� escolhido. S� vamos saber se teve efeito se o Congresso Nacional e as assembleias que forem eleitos refletirem essa limpeza �tica e novos paradigmas de comportamento da classe pol�tica – desde a ret�rica e os discursos, at� �s vota��es sobre as reformas que forem necess�rias”, avalia.
Cr�ticas
Na opini�o da oposicionista Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a Lava-Jato foi importante para trazer � tona pr�ticas que eram comuns, por�m erradas. No entanto, ela acredita que aqueles que comandam a opera��o pecaram por praticarem atos excessivos e ilegais.
“Acho que a Lava-Jato produz muita coisa boa, mas produz muita coisa que precisa ser corrigida imediatamente. Eu me recordo que, logo no come�o, grande parte dos representantes pol�ticos tentaram utilizar essa opera��o incentivando muito, aplaudindo inclusive atos n�o legais, excessivos.
Sem saber que o feiti�o, n�o demora, se volta contra o feiticeiro”, afirmou.
Outra quest�o que Vanessa levanta � o que ela chama de “seletividade”. “Esse n�o � o problema de um partido pol�tico, de uma lideran�a pol�tica, � o problema de um esquema pol�tico que funciona no Brasil. Ent�o, que ela n�o criminalize A ou B, mas trate do problema como ele tem que ser tratado”, aponta. (Com Ag�ncia Brasil)